A situação da NVIDIA na China está longe de se estabilizar. A gigante americana de tecnologia agora enfrenta acusações formais de violar as leis antitruste do país, conforme comunicado da State Administration for Market Regulation (SAMR).
Segundo a Reuters, isso significa que a empresa pode ser multada em até 10% de sua receita anual, o que poderia chegar a US$ 1,7 bilhão.
Os problemas começaram a se intensificar em dezembro de 2024, quando a China iniciou uma investigação sobre a aquisição da Mellanox Technologies, em 2020.
Na época, a NVIDIA havia assumido compromissos com o governo chinês para não restringir o acesso a aceleradores de GPU e produtos de rede no país.
No entanto, o cenário geopolítico recente parece ter levado Pequim a acusar a empresa de não cumprir totalmente essas promessas.
Além das barreiras regulatórias, a NVIDIA enfrenta dificuldades para introduzir suas soluções de inteligência artificial no mercado chinês.
O lançamento da linha H20 AI recebeu críticas das autoridades locais, tornando ainda mais complicado expandir a presença da empresa na região.
Paralelamente, o governo chinês investiga se a NVIDIA implementa medidas de segurança adequadas em seus chips de IA e pressiona por soluções domésticas, buscando reduzir a dependência de tecnologia estrangeira. O momento em que a acusação acontece também chama atenção.
Enquanto delegações comerciais dos EUA e da China se reúnem em Madrid para negociações sobre comércio e tecnologia, a medida indica que Pequim não pretende abrir mão de restringir a influência de empresas americanas em seu mercado, mesmo durante o diálogo diplomático.
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Diante desse contexto, a NVIDIA tem pela frente uma batalha complexa na China. Entre possíveis multas, críticas aos seus produtos de IA e pressão por soluções locais, a empresa precisará ajustar sua estratégia para manter sua atuação na maior economia da Ásia.