A rede social Koo, que surgiu em 2020 como concorrente do Twitter e gerou muitas piadas entre os brasileiros, anunciou o encerramento de suas atividades.
Apesar dos esforços para expandir sua base de usuários e gerar receita, a plataforma enfrentou dificuldades nos últimos meses. A esperança de uma venda para a startup Dailyhunt não se concretizou, selando o destino da empresa.
Os fundadores do Koo, Aprameya Radhakrishna e Mayank Bidawatka, informaram em um post no LinkedIn que, apesar das tentativas de parceria com empresas maiores, nenhuma deu certo.
Em um último adeus no X (antigo Twitter), a empresa agradeceu aos usuários e se despediu. O Koo conseguiu levantar mais de 60 milhões de dólares em investimentos, mas essa quantia não foi suficiente para manter o negócio.
Segundo os fundadores, seria necessário um investimento de longo prazo para que a empresa se tornasse lucrativa.
O Koo oferecia aos usuários uma experiência semelhante à do Twitter, permitindo a publicação de fotos, GIFs, vídeos do YouTube, enquetes e áudios. Era possível curtir, comentar e republicar conteúdo de terceiros.
A plataforma perguntava aos usuários "O que está na sua cabeça?", incentivando-os a compartilhar seus pensamentos, similar ao Twitter, com um símbolo de pássaro amarelo.
Popularidade na Índia e no Brasil
O Koo ganhou popularidade na Índia durante um período de tensão entre o Twitter e o governo indiano, quando a rede social negou pedidos de remoção de conteúdo.
O Koo se apresentou como uma alternativa mais obediente às regulamentações locais, atraindo usuários. A rede social que chegou como um concorrente direto do Twitter também chamou a atenção global.
No Brasil, o Koo foi lançado em 2022 e rapidamente conquistou uma base de usuários que buscavam uma alternativa ao Twitter após a compra por Elon Musk.
Em novembro de 2022, o Koo anunciou ter alcançado dois milhões de contas no Brasil e considerou abrir um escritório no país. A empresa chegou a contratar brasileiros para suas operações locais.
A queda do Koo
Em 2023, a plataforma enfrentou uma grande perda no número de usuários, perdendo cinco milhões entre julho de 2022 e janeiro de 2023.
Para tentar reverter a situação, o Koo lançou um programa de recompensas chamado "Koopons", oferecendo moedas virtuais para quem acessasse o aplicativo por pelo menos dez minutos diários.
No entanto, a popularidade continuou caindo. Aprameya Radhakrishna afirmou no LinkedIn que os custos de manutenção de uma rede social são altos, levando à difícil decisão de encerrar as atividades.
"Embora a gente gostaria de manter o aplicativo funcionando, os custos dos serviços de tecnologia são altos e tivemos que tomar essa difícil decisão", disse ele.
Fundadores do Koo prometem voltar ao jogo
Os fundadores do Koo, no entanto, não planejam desistir do mundo dos negócios. "Somos empreendedores de coração e vocês nos verão de volta à arena de uma forma ou de outra.
Até lá, obrigado pelo seu tempo, atenção, bons desejos e amor. O passarinho amarelo diz seu último adeus", finalizaram.