Nos próximos anos, o mundo dos negócios pode ver uma verdadeira revolução com a Inteligência Artificial (IA) generativa, de acordo com um relatório recente publicado pelo Goldman Sachs.
Investidores estão injetando bilhões de dólares nesse setor, acreditando que ele será tão transformador quanto a internet foi no passado.
A previsão é que os investimentos em startups de IA cheguem perto de US$ 1 trilhão até 2027, com a Coreia do Sul e EUA na liderança de patentes de IA, segundo a S&P Global.
A Coreia do Sul está na frente de patentes de IA, liderando o mundo em número de patentes por 100.000 pessoas. Nos Estados Unidos, a demanda por GPUs da NVIDIA, essenciais para o desenvolvimento de IA, continua alta.
Mesmo modelos mais antigos, como as placas de vídeo H100, estão sendo muito procurados, mostrando o desespero das empresas em conseguir essa tecnologia.
Enquanto essa nova tendência gira muito dinheiro, uma pergunta importante surge: onde estão os benefícios reais de tanto investimento? O Goldman Sachs decidiu investigar essa questão.
Segundo Daron Acemoglu, professor do MIT, apenas um quarto das tarefas expostas à IA serão economicamente viáveis para automatização nos próximos 10 anos.
Isso significa que a IA pode impactar menos de 5% de todas as tarefas, resultando em um aumento de produtividade de apenas 0,5% e um crescimento do PIB de 0,9% nos EUA.
Produtividade e realocação de trabalhadores
O Goldman Sachs prevê que o uso da IA aumentará a produtividade do trabalho nos EUA em 1,5% na próxima década, podendo chegar a 2,9% no cenário mais otimista.
No entanto, essa projeção é bem diferente da visão de alguns entusiastas da IA, que acreditam em um aumento de produtividade de até 9%.
A diferença nas projeções se baseia em duas perguntas chave: quantas tarefas a IA pode realmente automatizar e quanta economia essa automação pode gerar?
A IA pode tornar os funcionários atuais mais eficientes ou levará à realocação e ao deslocamento de trabalhadores? Até agora, há poucas evidências de que a IA tenha causado um grande deslocamento de mão de obra.
Custos altos da IA são o principal obstáculo
Jim Covello, chefe de pesquisa de ações globais do Goldman Sachs, disse que os custos iniciais para a adoção da IA são extremamente altos.
Mesmo que esses custos diminuam, seria necessário uma redução drástica para tornar a automação de tarefas com IA acessível.
Comparando com a transição da internet nos anos 90, os custos para alimentar a transição da IA são muito mais elevados, incluindo a necessidade de substituir a rede elétrica e outros custos de infraestrutura.
