A Índia dá um passo importante no cenário da Inteligência Artificial (IA) ao anunciar seus primeiros chips de IA desenvolvidos localmente.
A Ola, uma das principais fabricantes automotivas do país, lidera esse avanço, projetando, construindo e preparando o lançamento de seus próprios chips de IA até 2026. Esse movimento coloca a Índia na corrida global de IA.
Os novos chips da Ola são projetados para atender às demandas dos segmentos em rápido crescimento na Índia, oferecendo soluções de IA de ponta, computação em nuvem e inferência.
Com a crescente popularidade da IA em todo o mundo, muitas nações estão trabalhando para dominar setores específicos desse campo.
Agora, a Índia entra na disputa, com a Ola desenvolvendo seus próprios chips para fortalecer o mercado de veículos autônomos, uma área que tem gerado grande interesse global.
A Ola revelou uma série de chips de IA, cada um com especializações diferentes. O CEO da Ola, Bhavish Aggarwal, falou sobre a importância da Índia explorar esse segmento para evitar a dependência de tecnologias externas.
A empresa ainda não divulgou todos os detalhes sobre sua linha de chips, mas apresentou algumas novidades promissoras, como a série Bodhi de chips de IA, as CPUs nativas da nuvem Sarv-1 e o chip de IA de ponta Ojas.
O chip Bodhi-1, por exemplo, é projetado para grandes modelos de linguagem (LLMs) e focado em cargas de trabalho de inferência.
Essa tecnologia, considerada uma opção de baixo a médio custo, deve atender a uma ampla gama de aplicações de IA e deve chegar ao mercado até 2026, como um dos mais eficientes em termos de consumo de energia.
A Ola também está desenvolvendo o Bodhi-2, uma versão mais poderosa, voltada para cargas de trabalho de IA mais intensas e escaláveis, com previsão de lançamento para 2028.
O chip Bodhi-2 deve chegar como um competidor de peso no mercado, com potencial para rivalizar com as principais soluções existentes.
Além disso, a Ola revelou o Ojas, o primeiro chip de IA de ponta desenvolvido na Índia, que deve ser integrado aos veículos elétricos de nova geração da empresa.
Não foram divulgados muitos detalhes destes chips, mas sabe-se que o Ojas será compatível com uma ampla gama de ecossistemas e contará com uma arquitetura nativa de IA.
Outro diferencial desta remessa de chips indianos é o Sarv-1, um chip nativo da nuvem, projetado para o segmento de computação em nuvem.
O Sarv-1 promete desempenho e eficiência impressionantes, possivelmente incorporando os núcleos ARM Neoverse N3, mas isso ainda não foi confirmado.
Por fim, a Ola disse que irá utilizar fundições de alto nível, como TSMC ou Samsung, para a fabricação desses semicondutores, o que garantirá uma qualidade para competir com grandes players internacionais.