Google é processado por acessar dados de usuários do Chrome sem consentimento

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O Google trouxe grandes novidades este mês, entre elas está o lançamento da linha Pixel 9 no evento Made by Google 2024, que chamou a atenção por seus recursos atualizados e capacidades avançadas.

Mas nem tudo tem sido flores, a empresa está enfrentando uma ação coletiva relacionada à coleta de dados do navegador Chrome, onde é acusada de acessar informações dos usuários sem o devido consentimento.

O caso, que havia sido rejeitado anteriormente, foi reaberto, colocando a gigante da tecnologia em uma posição em que deve responder a um suposto acesso ilegal a dados de usuários.

Essa ação coletiva contra o Google está em andamento desde 2020. Os autores alegam que o Google usou dados de usuários do Chrome sem a devida autorização, independentemente de os usuários terem habilitado a sincronização do navegador.

Essa funcionalidade permite que favoritos, senhas e outros dados sejam salvos na conta do Google, facilitando o acesso quando o usuário faz login no Chrome.

Em dezembro de 2022, o caso foi inicialmente rejeitado, com o tribunal aceitando a argumentação do Google de que os usuários haviam consentido com o acesso às informações ao aceitar a política de privacidade da empresa.

O Google alegou que, ao concordarem com os termos de serviço, os usuários deram autorização para a coleta de dados, enfraquecendo, assim, a força da acusação.

Entretanto, na última terça-feira (20), o juiz Milan D. Smith Jr. reverteu essa decisão, afirmando que o tribunal deveria ter considerado se os usuários realmente sabiam que estavam consentindo com a coleta de dados ao aceitarem os termos.

Smith escreveu: "Um usuário razoável não necessariamente entenderia que estava consentindo com a coleta de dados em questão." Com isso, o caso foi enviado de volta ao tribunal inferior para uma nova análise.

Nessa nova fase, a ação agora engloba usuários do Chrome que optaram por não sincronizar seus navegadores com uma conta do Google e que vêm utilizando o navegador desde 2016.

Os autores sustentam que o Google não seguiu seu próprio aviso de privacidade, que assegura aos usuários que seus dados pessoais não seriam acessados sem a ativação da sincronização.

Até o momento, o Google não emitiu uma declaração oficial sobre o andamento do processo, mas a situação reforça a necessidade de empresas de tecnologia lidarem com o consentimento do usuário e a coleta de dados com maior cautela.