O Facebook atualizou sua política de moderação de conteúdo, agora, a plataforma não removerá mais conteúdo que afirman que o COVID-19 foi feito ou fabricado pelo homem.
O anúncio feito na quarta-feira (26) pela rede social em seu blog e vai de encontro ao que havia dito em fevereiro deste ano.
Naquela época, o Facebook havia dito que havia expandido a lista de "alegações falsas" para incluir declarações "adicionais desmascaradas" sobre o vírus do COVID-19 ser "feito pelo homem ou fabricado".
Desde o início da pandemia, o Facebook tem feito alterações regulares em suas políticas sobre informações falsas do COVID-19, após consultas com as principais organizações de saúde, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"À luz das investigações em andamento sobre a origem do COVID-19 e em consulta com especialistas em saúde pública, não removeremos mais a alegação de que o COVID-19 é feito pelo homem ou fabricado a partir de nossos aplicativos", disse o Facebook em postagem no blog sobre o combate a desinformação do COVID-19.
"Continuamos a trabalhar com especialistas em saúde para acompanhar a evolução da natureza da pandemia e atualizar regularmente nossas políticas à medida que novos fatos e tendências surgem.", acrescentou.
Isso aconteceu poucos dias depois que o Wall Street Journal informou que três pesquisadores do Wuhan Institute of Virology (WIV) da China foram hospitalizados em novembro de 2019 com sintomas consistentes de COVID-19 e outras doenças sazonais.
O relatório do Wall Street Journal gerou um interesse renovado por cientistas e políticos nas origens da pandemia.
Em um comunicado na segunda-feira (24), o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que instruiu seus funcionários de inteligência a "redobrar" os esforços para investigar as origens da pandemia COVID-19.
Incluindo a possibilidade de que tenha surgido após um acidente de laboratório. Biden pediu aos funcionários da inteligência dos Estados Unidos que apresentassem um relatório sobre suas descobertas dentro de 90 dias.
"Os Estados Unidos também continuarão trabalhando com parceiros com ideias semelhantes em todo o mundo para pressionar a China a participar de uma investigação internacional completa, transparente e baseada em evidências e fornecer acesso a todos os dados e evidências relevantes", disse Biden.
Além de suspender a proibição de reivindicações do COVID-19, o Facebook também alertou que tomaria medidas mais fortes contra as pessoas que compartilham repetidamente informações falsas sobre COVID-19 e vacinas.
A rede social ainda suprimirá "Páginas" que compartilham informações incorretas sobre mudanças climáticas, eleições ou outros tópicos, além de mostrar um aviso pop-up aos usuários do Facebook.
Via: Facebook News