Elon Musk ameaça desistir do acordo de aquisição do Twitter de US$ 44 bilhões alegando que a empresa está negando seu direito a informações sobre contas falsas na plataforma.
De acordo com uma carta enviada ao Twitter na manhã de hoje (6), a empresa está sendo acusada de "clara violação material" e que Musk pode rescindir o acordo de compra da plataforma em resposta.
Isso por que, segundo a equipe jurídica de Musk, o Twitter ainda não forneceu informações precisas sobre o problema de bots de spam na plataforma e acredita que a empresa está "resistindo ativamente".
"Musk acredita que a empresa está resistindo ativamente e frustrando seus direitos de informação (e as obrigações correspondentes da empresa) sob o acordo de fusão", disseram os advogados de Musk.
Os advogados de Musk ainda disseram que ele poderia optar por "não consumar a transação" afirmando que isso se enquadra numa quebra de contrato.
Musk vem reclamando do problema de bots no Twitter há algumas semanas e alguns canais de notícias internacionais afirmam que isso parece ser um estranho esforço para ele tentar escapar do acordo assinado há pouco mais de um mês.
No início do mês passado, Musk decidiu pausar o acordo devido a suas preocupações com bots na plataforma e disse que o acordo só poderia avançar quando o Twitter fornecesse detalhes precisos de contagens de spam.
A maioria das reclamações de Musk sobre o problema de bots na plataforma foram feitas informalmente por meio de tweets e entrevistas, mas hoje ele apresentou um posicionamento oficial ameaçando de desistir da aquisição.
Segundo o analista da Wedbush Securities, Daniel Ives, o conteúdo da carta indica que Musk está "procurando se afastar [do] acordo".
No mês passado, o CEO do Twitter, Parag Agrawal, disse que a empresa havia explicado a Musk como o Twitter gera suas estimativas de spam e ressaltou que menos de 5% de seus usuários diários são bots.
A confusão começou quando a Reuters divulgou um relatório sobre contas falsas ou de spam no Twitter citando um documento com dados da plataforma para o primeiro trimestre de 2022.
Via: The Verge
