Apple vai continuar produzindo iPhones na China em 2025

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A Apple está se preparando para uma grande comemoração em 2025, os 20 anos do iPhone. E, para marcar essa data especial, a empresa está planejando um modelo totalmente novo, com mudanças ousadas no visual e tecnologias avançadas.

Mas, ao contrário do que muitos imaginavam, a produção desses novos iPhones, chamados por enquanto de iPhone 18, vai continuar sendo feita na China.

O motivo por trás dessa decisão é o novo design do aparelho, que é tão complicado que só os fabricantes chineses podem fazê-lo. Para quem não acompanha muito de perto as novidades da Apple, a empresa costuma caprichar nos modelos comemorativos.

Em 2017, por exemplo, no aniversário de 10 anos do iPhone, foi lançado o iPhone X, que trouxe muitas mudanças e ficou bem mais caro que os modelos anteriores.

Em 2025, parece que a história vai se repetir. Segundo informações divulgadas por Mark Gurman, jornalista da Bloomberg conhecido por antecipar lançamentos da Apple, o iPhone 18 será totalmente reformulado.

Ele diz que o novo design será "extraordinariamente complexo", com peças inéditas e técnicas de montagem mais avançadas do que nunca.

A ideia da Apple é lançar dois modelos topo de linha, um deles deve ser o iPhone Fold, que terá tela dobrável, e o outro será um novo iPhone Pro com ainda mais uso de vidro no acabamento.

Essas mudanças exigem um nível de conhecimento técnico e precisão muito alto — algo que, segundo os especialistas, só as fábricas da China conseguem entregar com qualidade e agilidade nesse momento.

Por que a Apple não vai fabricar na Índia agora?

Nos últimos anos, a Apple tem buscado diversificar sua produção, tentando depender menos da China. Países como Índia e Vietnã começaram a fazer parte da cadeia de montagem dos iPhones, principalmente por causa de questões políticas e tarifas de importação que aumentam os custos para a empresa.

Produzir fora da China ajuda a economizar e a fugir de possíveis taxas extras, como as que foram cogitadas pelo governo dos Estados Unidos.

Só que, no caso do iPhone 18, não tem jeito, a produção precisa ficar na China. A Índia, embora já esteja montando alguns modelos, ainda está engatinhando nesse processo.

Não tem, por enquanto, toda a estrutura, equipamentos e mão de obra especializada que são necessários para lidar com um projeto tão avançado como o do iPhone 18.

Preço mais alto? Tudo indica que sim

Toda essa complexidade no design e na fabricação deve afetar diretamente o bolso do consumidor. Assim como aconteceu com o iPhone X em 2017, que veio com muitas novidades e um preço mais salgado, o iPhone 18 também deve seguir esse caminho.

Ainda não se sabe se a Apple vai começar a subir os preços já na linha iPhone 16, que será lançada ainda este ano, ou se vai esperar pelo lançamento do iPhone 17 em 2024. Mas é quase certo que os modelos de 2025 serão mais caros que os atuais.

Isso porque, além de todo o investimento em inovação e tecnologia, a Apple ainda precisa se preparar para possíveis tarifas que podem ser impostas nos próximos meses pelos Estados Unidos. Com isso, a empresa pode repassar parte desses custos para os consumidores.

China segue no topo quando o assunto é produção tecnológica de ponta

Mesmo com todos os esforços da Apple para diversificar sua produção global, a China ainda é, de longe, o lugar mais preparado para construir dispositivos eletrônicos com alto grau de complexidade.

As fábricas chinesas têm décadas de experiência, mão de obra altamente treinada, infraestrutura de primeira e acesso a materiais e componentes com muito mais facilidade do que outros países.

Pelo o que podemos ver, o novo iPhone do 20º aniversário da Apple vai precisar do que há de mais moderno em engenharia e produção, e por isso deve continuar sendo feito na China.

Romário Leite
Fundador do TecFoco. Atua na área de tecnologia há mais de 10 anos, com rotina constante de criação de conteúdo, análise técnica e desenvolvimento de código. Tem ampla experiência com linguagens de programação, sistemas e jogos. Estudou nas universidades UNIPÊ e FIS, tendo passagem também pela UFPB e UEPB. Hoje, usa todo seu conhecimento e experiência para produzir conteúdo focado em tecnologia.