O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) fechou uma parceria com a AMD para desenvolver dois supercomputadores usando os chips de inteligência artificial mais recentes da fabricante.
O objetivo é resolver problemas científicos complexos e avançar em pesquisas acadêmicas de ponta. Segundo uma reportagem da Reuters, a AMD conseguiu uma parceria enorme com o DoE, que inclui a construção de dois supercomputadores voltados principalmente para uso acadêmico.
Esse contrato é estratégico para a AMD, conhecida como Team Red, que busca expandir a adoção de suas tecnologias no mercado e disputar espaço com a NVIDIA. Os supercomputadores vão usar os chips de IA Instinct MI355X e uma versão mais nova chamada MI430.
O primeiro projeto, chamado Lux, deve ficar pronto nos próximos seis meses e vai rodar com os chips MI355X. Empresas como HP, Oracle e o Oak Ridge National Laboratory (ORNL) vão participar da construção.
De acordo com a CEO da AMD, Lisa Su, a implementação do Lux será feita em tempo recorde. O segundo supercomputador, chamado Discovery, deve ser entregue até 2028 e terá uma versão personalizada do chip Instinct MI430, feita para computação de alto desempenho.
Esse projeto já estava em análise pelo DoE desde o ano passado, e a AMD foi escolhida como principal fornecedora de tecnologia.
O Departamento de Energia vai investir quase 1 bilhão de dólares nesses projetos. Além disso, há busca por novas parcerias privadas para aumentar ainda mais a capacidade de computação da divisão.
O relatório da Reuters não explica exatamente por que a AMD foi escolhida em vez da NVIDIA, mas o mais provável é que a administração do DoE já tem experiência com a tecnologia da AMD em supercomputadores de alto desempenho.
Como sistemas como o Frontier já usam chips AMD, optar pela mesma marca garante consistência e eficiência. O DoE segue expandindo a colaboração com o setor público, então é possível que, no futuro, hardwares de IA da NVIDIA também sejam usados. Por enquanto, a AMD é a principal escolha.








