As empresas de tecnologia da China estão intensificando esforços para criar soluções próprias em inteligência artificial.
Segundo o Wall Street Journal, a gigante Alibaba teria desenvolvido um novo chip de IA voltado para tarefas de inferência, uma forma de processamento usada principalmente para rodar modelos já treinados.
A iniciativa surge em meio à pressão do governo chinês para diminuir a dependência de hardware e software dos Estados Unidos.
Nos últimos anos, Pequim tem priorizado a criação de alternativas locais em chips de inteligência artificial. Empresas como Huawei, Cambricon e MetaX já vêm investindo pesado nesse setor.
A novidade agora é a entrada mais firme da Alibaba, que, de acordo com os relatos, teria produzido um chip fabricado pela SMIC, maior fundição de semicondutores da China, possivelmente usando tecnologia de 7 nanômetros.
Isso colocaria a solução em um patamar semelhante ao de concorrentes nacionais, embora ainda distante da liderança da NVIDIA. O grande desafio está no treinamento de modelos avançados de IA, como os de linguagem natural.
Para isso, as empresas ainda dependem fortemente dos chips da NVIDIA, já que os produtos chineses têm desempenho satisfatório em inferência, mas não chegam perto no processamento necessário para treinar redes neurais de grande escala.
Além disso, a capacidade de produção na China ainda é limitada por equipamentos mais antigos e técnicas menos eficientes, o que restringe a fabricação em larga escala.
Mesmo com essas limitações, a movimentação da Alibaba reforça o esforço do país em fortalecer sua autonomia tecnológica.
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Segundo o WSJ, a NVIDIA já trabalha em versões adaptadas de sua próxima geração de chips, chamada Blackwell, para atender à demanda chinesa e manter sua presença no mercado. Isso mostra o peso estratégico que a região tem para o futuro da inteligência artificial global.