Ação da Tesla cai 3% após previsão de entregas ser reduzida

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As ações da Tesla começaram o dia em queda, recuando 4% logo na abertura do mercado. Isso aconteceu depois de um breve alívio na sexta-feira anterior.

O mês de março tem sido complicado para a empresa, pois os investidores estão preocupados com a previsão de entregas de veículos para 2025, além de diversos analistas terem reduzido suas estimativas de preço das ações da companhia.

O banco de investimentos Mizuho foi um dos últimos a ajustar suas previsões. O preço-alvo das ações da Tesla foi reduzido de US$ 515 para US$ 413, apesar de ainda manter uma classificação de "Outperform" (desempenho acima da média).

Além disso, a Mizuho também cortou a previsão da Rivian, concorrente menor da Tesla, passando de US$ 13 para US$ 11, justificando a decisão pelas incertezas em relação a tarifas de importação.

Mesmo com a queda inicial de 4%, as ações da Tesla reduziram parte das perdas e, cerca de 15 minutos após a abertura do mercado, estavam 2,7% abaixo do valor do dia anterior.

O tombo foi impulsionado por um relatório negativo do Mizuho, que, além de diminuir o preço-alvo da empresa, também cortou suas previsões de entrega de veículos para 2025 e 2026.

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Entre os motivos apontados para a redução das expectativas, estão questões geopolíticas e desafios na imagem da marca.

Recentemente, a Reuters informou que a Tesla está buscando ganhar espaço no mercado chinês com sua tecnologia de direção assistida, o Full Self Driving (FSD).

Além disso, rumores indicam que a empresa de Elon Musk pode estar planejando reduzir os preços na China para se manter competitiva em um dos mercados mais acirrados de veículos elétricos.

A instabilidade das ações continuou ao longo do dia. Cerca de 20 minutos após a abertura do pregão, a queda se acentuou para 3,3%, enquanto o índice S&P 500 permanecia estável.

Isso mostra que o desempenho negativo da Tesla foi um movimento isolado, não refletindo o mercado como um todo. O analista Vijay Rakesh, do Mizuho, destacou que as vendas da Tesla em fevereiro ficaram bem abaixo do esperado nos Estados Unidos, União Europeia e China.

Tesla

Os números apontam que, nos EUA, as vendas caíram 2%, enquanto na China e na Alemanha a situação foi ainda pior, com quedas de 49% e 72%, respectivamente. Entre os principais motivos para essa baixa no desempenho, Rakesh menciona:

  • Conflitos geopolíticos afetando os negócios;
  • Imagem da marca desgastada nos EUA e na Europa;
  • Perda de mercado para concorrentes mais fortes na China;
  • Demanda mais fraca que o esperado para a nova versão do Model Y.

Diante desse cenário, o Mizuho reduziu as previsões de entrega da Tesla em 500 mil unidades para 2025 e em 600 mil para 2026.

Essa não foi a única revisão negativa recente: os bancos Guggenheim e Evercore ISI também diminuíram suas estimativas, mostrando que o pessimismo em relação ao futuro da empresa tem ganhado força em Wall Street.

Depois da primeira meia hora de negociação, as ações da Tesla conseguiram recuperar um pouco do terreno perdido, mas ainda estavam 3% abaixo do fechamento do dia anterior.

A situação levanta um alerta importante sobre o futuro da Tesla. O mercado de veículos elétricos está cada vez mais competitivo, com novas montadoras chinesas e tradicionais investindo pesado no setor.

Se a empresa de Elon Musk não conseguir reverter essa tendência de queda nas vendas, pode enfrentar desafios sérios nos próximos anos.

A Tesla ainda é uma das líderes do segmento, mas precisa tomar decisões estratégicas para manter sua posição de destaque.

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A aposta na tecnologia de direção autônoma e possíveis ajustes de preço podem ser decisivos para reverter esse cenário negativo.

Com informações de WccfTech.