A Apple manteve no A19 e no A19 Pro a configuração de CPU de seis núcleos, com dois voltados para performance e quatro para eficiência.
Não é surpresa que os núcleos mais potentes sejam responsáveis pelas tarefas mais pesadas, mas a mudança mais importante deste ano está justamente nos núcleos de eficiência, que receberam um grande salto em relação ao A18 Pro.
Testes recentes mostram que esses núcleos de baixo consumo conseguem entregar até 29% mais desempenho sem aumentar o gasto de energia, mantendo o consumo no mesmo nível do modelo anterior.
Nos testes do Geekbench 6, o A19 Pro já havia superado os chips da geração atual e consolidar sua posição como o SoC mais rápido, tanto em single-core quanto em multi-core, com consumo de energia menor que qualquer processador topo de linha do Android.
Agora, uma análise mais detalhada do canal Geekerwan revela o tamanho da evolução nos núcleos de eficiência. No benchmark SPEC 2017, que avalia desempenho em operações inteiras e de ponto flutuante, os núcleos de eficiência do A19 e A19 Pro operam a 2,60 GHz, um aumento em relação aos 2,42 GHz do A18 Pro.
Esse ajuste trouxe ganhos expressivos, com 29% de aumento em desempenho inteiro e 22% em desempenho de ponto flutuante, sem nenhuma alteração no consumo de energia.
Ao observar a métrica de instruções por ciclo, também se percebe uma enorme diferença, com 21% de melhoria em operações inteiras e 14% em ponto flutuante.
A Apple não fez só ajustes de frequência. Ela redesenhou completamente os núcleos de eficiência do A19 Pro, aplicando mudanças de arquitetura que explicam o salto de desempenho sem impacto no consumo.
A decodificação de instruções foi ampliada, passando de cinco para seis unidades, e as unidades lógicas aritméticas, que são responsáveis pelos cálculos do processador, aumentaram de três para quatro.
Além disso, o agendamento de operações em ponto flutuante foi aprimorado, e os registradores de operações inteiras e de ponto flutuante foram combinados em uma única unidade, diminuindo a latência e acelerando a comunicação entre os componentes.
Com todas essas alterações, os núcleos de eficiência do A19 Pro também ficaram fisicamente maiores do que os do A18 Pro. O impacto desse trabalho de engenharia da Apple é muito grande, porque mostra que é possível aumentar o desempenho sem aumentar o consumo de energia.
Enquanto os concorrentes precisam adicionar mais núcleos para alcançar níveis semelhantes de performance, a Apple consegue entregar resultados superiores com menos unidades, mostrando um foco extremo em eficiência e arquitetura de chip.
