De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INC), o câncer de mama é o mais comum e o que mais mata mulheres no mundo.
A cada ano, cerca de 2 milhões de mulheres e 200 mil homens desenvolvem a doença, atingindo as vitimas com uma taxa de letalidade de pelo menos 25%.
O Câncer de mama é um tumor maligno, formado por um ou mais nódulos na mama causados pelo crescimento de células de maneira desordenada. Considerada a doença mais temida, ela afeta a percepção da sexualidade e a imagem pessoal das vitimas.
Não se sabe a causa específica para essa doença, mas especialistas apontam alguns fatores de risco que podem aumentar as chances de desenvolver desse tipo de câncer.
Principais fatores de risco do câncer de mama
- Ser mulher;
- Mulheres com idade acima dos 50 anos correm mais risco;
- Histórico familiar de parentes que já tiveram a doença;
- Não ter filhos ou ter depois dos 30 anos;
- Consumo de álcool em excesso;
- Excesso de peso com gordura na região abdominal;
- Falta de exercícios físicos;
- Ciclo menstrual: mulheres que começaram a menstruar cedo antes dos 12 anos ou que entraram na menopausa após os 55 anos têm risco ligeiramente maior;
- Tratamento com dietilestilbestrol: no passado, grávidas tomaram essa droga para reduzir o risco de aborto espontâneo. Mais tarde descobriu-se que o medicamento tinha efeitos teratogênicos causando más-formações e carcinogênicos.
Vacina para câncer de mama
Recentemente, pesquisadores do Instituto Wyss de Engenharia Biologicamente Inspirada, ligado à Universidade de Harvard, anunciaram testes de uma vacina com 100% de eficácia para um dos tipos mais agressivos do câncer de mama.
Chamado de triplo-negativo, este é um dos mais agressivos afetando 15% de todos os casos identificados, seu nome se deve à ausência de três receptores hormonais. Além de serem difíceis de tratar, não existem tratamentos específicos.
Os pesquisadores combinaram dois tipos de tratamentos para eliminar o câncer: quimioterapia e imunoterapia com um biomaterial, injetado nas proximidades do tumor com poder de matar o câncer e impedir que ele volte.
Este processo surgiu em 2009 como terapia para outros tipos de câncer e foi explorado em ensaios clínicos, ou seja, com voluntários.
As células cancerígenas nesse processo podem ser isoladas e replicadas para desenvolver uma vacina personalizada.
Mas, de acordo com um dos autores do estudo, Alex Najib, o problema é o custo do processo e o tempo que levaria para ser concluído.
Testes da vacina contra câncer de mama
Usando uma biomolécula que penetra nos tumores conhecida como peptídeo RGD, os pesquisares adicionaram a ela duas substâncias: uma que estimula o desenvolvimento de linfócitos concentrados e uma droga usada em quimioterapia.
Os quatro camundongos que receberam a vacina durante os testes, tiveram seus tumores TNBC reduzidos, em seguida, a equipe adicionou uma sequência de DNA bacteriano sintético para aumentar a resposta imunológica, como um terceiro componente.
Resultado
Os tumores dos camundongos que receberam as vacinas cresceram de maneira muito mais lentamente, prolongando o tempo de vida dos animais que viveram mais, em comparação com os que receberam o tratamento incompleto ou não foram vacinados.
Além disso, depois de terem os tumores removidos cirurgicamente, os camundongos vacinados receberam uma injeção de células cancerosas e, surpreendentemente, todos sobreviveram sem metástase, enquanto os camundongos não tratados desenvolveram à doença.