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Tesla tem corte na previsão de entregas e ações são afetadas

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A Tesla, uma das gigantes do setor automotivo, está passando por um momento complicado no mercado financeiro.

O banco de investimentos Morgan Stanley, que historicamente tem uma visão otimista sobre a empresa, reduziu sua previsão para o preço das ações da montadora, passando de US$ 430 para US$ 410.

Além disso, as estimativas de entrega de veículos para o primeiro trimestre e o ano inteiro também foram cortadas.

Isso acontece em um momento em que investidores estão atentos às dificuldades da empresa, o que resultou em uma queda de 19% no valor das ações no acumulado do mês.

Entregas da Tesla serão menores que o esperado até 2030

A situação não é apenas um problema de curto prazo. O Morgan Stanley também revisou suas previsões de entrega para 2030, reduzindo meio milhão de unidades das estimativas anteriores.

Enquanto isso, a Tesla anunciou o recall de 46 mil unidades da Cybertruck devido a um problema nos acabamentos internos que podem se soltar e aumentar os riscos de acidente. Isso gerou ainda mais preocupação entre os investidores.

A montadora enfrenta desafios como o envelhecimento da sua linha de produtos, maior concorrência no mercado e uma possível rejeição da marca por parte de alguns compradores. Esses fatores estão impactando diretamente as previsões de entrega.

Segundo o analista Adam Jonas, a Tesla deve entregar 1,615 milhão de veículos em 2025, uma queda de 9,8% em relação à previsão anterior de 1,924 milhão. Para 2030, a expectativa também caiu de 5,2 milhões para 4,7 milhões de unidades.

Tesla

Redução das entregas afeta as receitas da Tesla

O Morgan Stanley explica que a queda na previsão de entregas impacta diretamente a geração de receita da Tesla.

Como o segmento de serviços representa uma parte significativa do valor da empresa, menos veículos nas ruas significam menos oportunidade de faturamento com assistência, manutenção e outros serviços.

Isso justifica a redução do preço-alvo das ações. Apesar do cenário adverso, o banco manteve sua classificação de "Overweight" para a Tesla, indicando que ainda acredita no potencial de crescimento da empresa no longo prazo.

O analista Adam Jonas destacou que a queda nas ações pode representar uma oportunidade de entrada para investidores interessados.

O banco Cantor, por meio do analista Andres Sheppard, também reforçou essa ideia, afirmando que vê um grande potencial na Tesla devido à sua aposta em tecnologias como direção autônoma (FSD), robotáxis, armazenamento de energia e autômatos como o Optimus Bot.

Tesla enfrenta desafios, mas pode se recuperar

O momento da Tesla é desafiador, mas não significa que a empresa esteja em declínio definitivo. A montadora já passou por situações adversas antes e conseguiu se recuperar.

O que está em jogo agora é como a empresa vai reagir à crescente concorrência e se conseguirá manter o interesse dos consumidores em seus modelos.

Com informações de WccfTech.