Quem diria que uma das maiores gigantes da tecnologia quase foi comprada pela concorrente? A história é mais ou menos assim: nos anos 2000, quando a computação pessoal ainda estava engatinhando, a AMD quase comprou a NVIDIA.
Quem revelou isso foi um ex-funcionário da AMD, que divulgou recentemente detalhes interessantes dessa possível fusão que nunca aconteceu.
Para entender essa história, teremos que voltar aos anos 2000, onde a situação do mundo tecnológico era bem diferente.
Na época, a AMD e a Intel estavam em uma corrida acirrada pelo domínio das CPUs. A NVIDIA, que hoje é uma referência em GPUs e inteligência artificial (IA), ainda estava tentando encontrar seu lugar ao sol.
Enquanto que a AMD já havia adquirido a fabricante de GPUs ATI, por cerca de US$ 5,4 bilhões, e começava a se aventurar no mercado de gráficos com sua linha Radeon.
Dito isso, Hemant Mohapatra, um ex-funcionário da AMD que compartilhou essa história em uma publicação no X (antigo Twitter), disse que a AMD estava de olho na NVIDIA, mas a compra nunca se concretizou.
O grande motivo? Jensen Huang, o CEO da NVIDIA, insistiu em continuar no comando caso a fusão ocorresse. A AMD não aceitou a condição, e a chance passou. No início deste século, a AMD cometeu alguns erros estratégicos.
Apesar de ter sido a primeira a lançar um chip de 64 bits com um design superior ao da Intel, ela se perdeu focando demais em um design de chip dual core puro, enquanto a Intel investiu pesado em logística e marketing.
Quando a AMD finalmente lançou seu processador dual core verdadeiro, a Intel já havia dominado o mercado. Paralelamente, a AMD tentou se destacar no mercado de GPUs ao comprar a ATI, mas a decisão não foi bem recebida internamente.
Muitos engenheiros achavam que a AMD deveria ter focado na NVIDIA. Apesar disso, a visão de longo prazo de Jensen Huang manteve a NVIDIA no caminho certo, e hoje a empresa é líder em tecnologia de GPUs e IA.
Com as ações da NVIDIA caindo esta semana após um raro rebaixamento de avaliação, essa história de quase fusão entre AMD e NVIDIA nos ensina sobre a importância da visão estratégica e da resiliência.
Huang manteve sua posição firme e continuou liderando a NVIDIA, mesmo quando as coisas não estavam muito boas. A AMD, por sua vez, aprendeu com seus erros e continua sendo uma das grandes no setor de tecnologia.