A Intel vem se preparando para lançar uma nova arquitetura de inteligência artificial, chamada Jaguar Shores. Recentemente, um protótipo desse chip apareceu em imagens divulgadas online, chamando atenção pelo tamanho e pelo design.
O Jaguar Shores deve ser a primeira solução em rack da Intel, utilizando o processo de fabricação 18A e memórias do tipo HBM4.
Essa linha surge em um momento delicado para a companhia, já que seus últimos produtos para inteligência artificial tiveram baixa adoção no mercado.
Um exemplo é o Gaudi 3, acelerador de IA que não conseguiu competir com soluções da NVIDIA e da AMD. Além disso, a Intel cancelou a linha Falcon Shores, colocando todas as fichas agora no Jaguar Shores.
A foto do protótipo foi compartilhada por Andreas Schilling na rede social X. Segundo ele, a peça está sendo usada pela equipe de engenharia térmica para testar sistemas de resfriamento.
O chip aparece em uma placa de desenvolvimento e impressiona pelo tamanho: cerca de 92,5mmx92,5mm, um sinal de que se trata de uma plataforma voltada para computação de alto desempenho (HPC). O design revela ainda a presença de quatro blocos distintos e oito pontos de memória HBM.
That chunky boy was also a test vehicle for the thermal engineering team at Intel. https://t.co/HIot6hxd4u pic.twitter.com/H0HQUyYdIn
— Andreas Schilling 🇺🇦 (@aschilling) August 15, 2025
Apesar de ainda haver poucas informações, a expectativa é que o Jaguar Shores seja capaz de competir com as soluções líderes do mercado. Ele deve integrar memórias HBM4 da SK Hynix e funcionar em conjunto com os futuros processadores Xeon Diamond Rapids.
Isso indica que a Intel está apostando em um produto multi-IP e multidomínio, ou seja, capaz de atender diferentes aplicações em larga escala, desde inteligência artificial até cargas de trabalho mais pesadas de data centers.
O cenário para a Intel não é dos mais fáceis. A empresa está com problemas financeiros e precisa escolher com cuidado onde investir.
O Jaguar Shores, portanto, pode ser um divisor de águas se tiver boa aceitação, podendo recolocar a Intel como concorrente de peso no setor de IA; caso contrário, reforçará a dificuldade da empresa em acompanhar rivais como NVIDIA e AMD. Ainda é cedo para prever resultados, mas o que já se sabe é que o mercado observa com atenção esse movimento da Intel.