NASA encontra água e carbono em amostra de asteróide de 4,5 bilhões de anos

Imagem de: NASA encontra água e carbono em amostra de asteróide de 4,5 bilhões de anos

A NASA recentemente revelou descobertas fascinantes a partir da análise da amostra trazida pelo OSIRIS-REx, uma cápsula que retornou da missão ao asteroide Bennu.

Essa missão, que começou em 2016, teve como objetivo estudar Bennu, um asteroide com aproximadamente 4,5 bilhões de anos, para entender o papel que ele e outros materiais extraterrestres desempenharam nos estágios iniciais da vida na Terra.

Os cientistas da NASA ficaram surpresos ao encontrar água e carbono na amostra, elementos cruciais para a formação da vida como a conhecemos.

A análise revelou que a amostra contém minerais argilosos que têm água presa em sua estrutura, oferecendo insights sobre como a água pode ter chegado à Terra, tornando-a habitável.

NASA OSIRIS REX
NASA OSIRIS REX
NASA OSIRIS REX
NASA OSIRIS REX

Além disso, a amostra continha enxofre, um mineral importante para a evolução dos planetas e a estrutura das proteínas, e minerais de óxido de ferro que reagem a campos magnéticos, podendo ter desempenhado um papel na origem da vida em nosso planeta.

O carbono encontrado nas rochas dos asteroides também é intrigante. A análise mostrou uma alta concentração de carbono, cerca de 4,7%, sendo a maior porcentagem já encontrada nas 250 amostras extraterrestres analisadas pela Carnegie Institution of Science.

Essa descoberta levanta questões sobre se as rochas extraterrestres podem ter contribuído para a evolução da vida na Terra, fornecendo substâncias químicas prebióticas.

NASA OSIRIS REX
Uma análise usando luz ultravioleta de um grão de rocha Bennu à direita mostra carbono e produtos orgânicos. Imagem: NASA

Essas descobertas são o resultado de análises detalhadas das amostras utilizando tecnologias como microscópios eletrônicos, análises químicas, tomografia computadorizada baseada em raios X e luz infravermelha.

Tais análises permitem aos pesquisadores entender a composição das rochas e buscar pistas sobre a origem da vida em nosso planeta.

Essa revelação é um marco importante, pois o asteroide Bennu, com seus 4,5 bilhões de anos, pode fornecer informações cruciais sobre os primórdios da vida na Terra e sua formação.

A escolha da NASA de explorar Bennu foi influenciada por sua idade, órbita e a possibilidade de conter carbono, fatores que tornam esse asteroide uma fonte valiosa de conhecimento sobre nosso passado cósmico.

Além disso, essa descoberta pode abrir portas para entendermos melhor a origem e a evolução do nosso sistema solar, além de ajudar a entender mais sobre a possibilidade de vida fora da Terra.

Ao analisar as composições e características dos materiais extraterrestres, os cientistas podem obter informações valiosas sobre as condições que existiam no espaço há bilhões de anos, proporcionando uma visão sobre a formação de planetas e asteroides.

Isso, por sua vez, contribui para pesquisas futuras sobre a possibilidade de vida em outros corpos celestes e até mesmo para o desenvolvimento de tecnologias que permitam explorar o espaço de forma mais eficaz.