A Apple já está preparando o terreno para o lançamento do iPhone 18, previsto para 2026, e tudo indica que o processador A20 será o coração dessa nova geração.
Mas, ao contrário do que muita gente esperava, parece que a empresa vai continuar apostando no processo de fabricação de 3 nanômetros (N3P) da TSMC, em vez de avançar para os tão comentados 2 nanômetros.
Essa escolha pode parecer estranha à primeira vista, mas faz sentido quando analisamos os desafios e custos envolvidos na produção de chips mais avançados.
A TSMC, que é a maior fabricante de chips do mundo, já começou os testes com a tecnologia de 2nm e está conseguindo um rendimento de 60% na fabricação desses chips.
Isso significa que mais da metade dos chips produzidos são utilizáveis, um número relativamente bom para uma tecnologia tão nova.
Porém, nem mesmo empresas bilionárias como a Apple estão correndo para adotar esse novo processo, e o motivo é simples: o custo de produção ainda é muito alto.
Ao manter o A20 no processo de 3nm N3P, a Apple pode focar em outras melhorias para ganhar desempenho e eficiência sem precisar aumentar tanto os custos. Isso já aconteceu antes, e parece que a estratégia será repetir o que deu certo.
O que pode mudar no A20?
Apesar de continuar na mesma litografia de 3nm, o A20 pode se diferenciar de seus antecessores graças a um novo tipo de empacotamento dos componentes internos.
Segundo informações divulgadas pelo analista Jeff Pu, da GF Securities, o A20 pode adotar a tecnologia CoWoS (Chip-on-Wafer-on-Substrate) da TSMC.
Na prática, isso significa que os componentes do chip, como núcleos de processamento, GPU e Neural Engine, serão agrupados de maneira mais eficiente, reduzindo o espaço ocupado e melhorando a comunicação entre eles.
- Essa nova abordagem pode trazer vantagens como:
- Melhor aproveitamento do espaço interno do chip;
- Redução do caminho percorrido pelos sinais elétricos, o que melhora a velocidade de processamento;
- Aumento da eficiência energética, ajudando a economizar bateria.
Além do A20, a Apple já tem planos para seus processadores futuros. O A19 e o A19 Pro, que serão lançados com o iPhone 17 ainda em 2025, também vão utilizar a tecnologia de 3nm.
Mas, para os chips da linha M5, que equipam os Macs mais potentes, a empresa pode adotar outro tipo de empacotamento chamado SoIC-MH (Small Outline Integrated Circuit Molding-Horizontal), também da TSMC.
Isso sugere que, em vez de mudar para um novo processo de fabricação imediatamente, a Apple está explorando formas de otimizar ao máximo a tecnologia atual. A cada nova geração de iPhones, os consumidores esperam melhorias em desempenho, eficiência e bateria.
Ao optar por aprimorar o empacotamento dos chips em vez de simplesmente adotar uma tecnologia mais cara e complexa, a Apple pode continuar entregando ganhos de desempenho sem repassar um custo muito alto para o consumidor final.
Essa estratégia mostra que, mesmo sendo uma empresa gigantesca, a Apple também precisa equilibrar inovação e custos de produção. E, se os rumores estiverem certos, o A20 pode ser um dos chips mais eficientes já produzidos para smartphones.