O governo da Índia anunciou uma nova política para provedores de Rede Privada Virtual (VPN) e outros serviços de processamento de dados online coletarem e armazenarem informações de usuários por até cinco anos.
A Equipe de Resposta a Emergências de Computadores da Índia (CERT-in), enviou um comunicado as empresas de processamento de dados avisando que elas serão obrigadas a compartilharem esses dados com o governo indiano.
Além dos provedores de VPN, foram enviados alertas semelhantes para serviços de Virtual Private Server (VPS), Data Centers, provedores de serviços em nuvem e exchanges de criptomoedas.
De acordo a CERT-in, as informações que as empresas terão que compartilhar com o governo da Índia incluem:
- Nomes de clientes validados, endereços físicos, endereços de e-mail e números de telefone;
- Motivo pelo qual cada cliente está usando o serviço, as datas em que o usaram e seu "padrão de propriedade";
- Endereço IP e endereço de e-mail usados por um cliente para se registrar no serviço, juntamente com informações de data e hora de registro;
- Todos os endereços IP emitidos pela VPN para um cliente e uma lista de endereços IP usados por sua base de clientes em geral.
Mesmo que o usuário cancele sua assinatura antes do período de armazenamento exigido pelo governo, as empresas terão que manter esses dados guardados.
Segundo estas novas regras da Índia, os serviços de VPN terão que modificar seu modelo de negócio para continuar operando no país.
Isso significa que as empresas de VPN que oferecem privacidade e anonimato ao usuário, não poderão mais oferecer esta política de não registro, que é um dos recursos mais importantes oferecidos por este tipo de serviço.
A nova lei para provedores de VPN na Índia está programada para entrar em vigor no dia 27 de junho, podendo se estender um pouco mais para dar tempo de todas as empresas entrarem em conformidade.
O não cumprimento das novas regras pode levar a uma ação punitiva, que pode acarretar em multa ou o bloqueio do serviço no país. Basicamente, esse é o fim da privacidade na Internet da Índia.
Via: CERT-in
