Os smartphones dobráveis ainda representam uma fatia pequena do mercado global — entre 1% e 1,5% do total de unidades enviadas —, mas têm um impacto grande em áreas estratégicas, como aumento do preço médio dos aparelhos (ASP), valorização da marca, diferenciação frente à concorrência e rentabilidade a longo prazo para os fabricantes.
Nesse cenário, a corrida é liderada pela chinesa Huawei, enquanto a Samsung aparece em segundo lugar, bem distante. Antes de analisar os números, temos que entender o portfólio de cada empresa.
A Huawei oferece atualmente quatro tipos de smartphones dobráveis:
- Mate XT Ultimate: ultra-premium, com dobra tripla, custando mais de R$ 38.000 (versão 1TB + 16GB de RAM).
- Mate X6: dobra horizontal, preço inicial de cerca de R$ 12.999.
- Pura X: dobra vertical, preço aproximado de R$ R$ 5.800.
- Nova Flip: modelo mais acessível, custando cerca de R$ 4.000.
Já a Samsung tem uma linha mais enxuta:
- Galaxy Z Fold 7: estilo "livro", preço inicial de cerca de R$ 13.800.
- Galaxy Z Flip 7: estilo clamshell, custando por volta de R$ 8.200.
- Galaxy Z Flip 7 FE: versão mais barata, vendida a partir de R$ 4.400.
Huawei lidera com 48% das vendas globais de dobráveis
Segundo análise da Canalys, no primeiro semestre de 2025, a Huawei foi responsável por 48% das vendas globais de smartphones dobráveis, enquanto a Samsung ficou com apenas 20%.
Essa liderança representa uma grande mudança em relação aos anos anteriores, quando a Samsung estava à frente. Em 2024, por exemplo, a Samsung dominava com 45% das vendas, e a Huawei tinha apenas 24%.
Além disso, a região da China continental agora é a que apresenta maior entrada de smartphones dobráveis no mundo, com 3,2% do mercado, enquanto a América do Norte aparece em segundo lugar, com apenas 1,2%.
Um fator importante para a liderança da Huawei parece ser o sucesso do modelo mais acessível, o Nova Flip, que ampliou a base de consumidores e ajudou a marca a conquistar o topo do segmento.