Google pode ter de mudar o nome dos seus chips de IA

Imagem de: Google pode ter de mudar o nome dos seus chips de IA

Os chips de IA do Google ficaram muito conhecidos nos últimos anos, mas a empresa pode ser obrigada a trocar o nome da linha TPU.

A Tachyum afirma que a marca registrada "TPU" pertence ao seu próprio ecossistema de tecnologia e decidiu avançar legalmente contra o Google.

Segundo a companhia, o pedido do Google para registrar o nome surgiu anos depois da proteção obtida pela Tachyum, o que abre caminho para uma disputa direta no órgão responsável por marcas nos Estados Unidos. A empresa foi categórica ao comentar o assunto:

"A Tachyum está solicitando que o Google pare de usar TPU em qualquer descrição referente ao Google TPU e vai acionar o Escritório de Marcas dos EUA para defender seus direitos sobre o termo." – Tachyum

Apesar de ainda não ter produtos amplamente disponíveis no mercado, a Tachyum divulga projetos ambiciosos. Um dos mais recentes é a linha de chips Prodigy com tecnologia de 2nm, apresentada com números agressivos, como até 1024 núcleos de 64 bits em um único soquete.

A companhia também comparou o Prodigy de 2nm com a futura plataforma Rubin Ultra, da NVIDIA, dizendo que seu chip deve superar 1000 PFLOPs em tarefas de inferência — um salto considerável frente aos 50 PFLOPs citados para o Rubin.

Por enquanto, tudo continua apenas no papel. O Google ainda não respondeu às acusações envolvendo o uso do termo TPU. Normalmente, processos desse tipo costumam avançar de forma lenta, então não há previsão de desfecho.

Caso o órgão norte-americano decida a favor da Tachyum, a situação pode trazer dor de cabeça para o Google, já que suas TPUs têm recebido destaque no mercado de IA.

Agora, só nos resta esperar para ver se a Tachyum vai manter a disputa até o fim ou se as empresas podem chegar a algum tipo de acordo.

Romário Leite
Fundador do TecFoco. Atua na área de tecnologia há mais de 10 anos, com rotina constante de criação de conteúdo, análise técnica e desenvolvimento de código. Tem ampla experiência com linguagens de programação, sistemas e jogos. Estudou nas universidades UNIPÊ e FIS, tendo passagem também pela UFPB e UEPB. Hoje, usa todo seu conhecimento e experiência para produzir conteúdo focado em tecnologia.