A Tachyum revelou a versão mais recente dos chips Prodigy fabricados em 2nm. A empresa descreve o projeto como capaz de chegar a 1024 núcleos, clock de até 6 GHz, 1 GB de cache e suporte a DDR5 muito acima do que existe hoje.
Segundo a própria Tachyum, a ideia é entrar na disputa direta contra a linha NVIDIA Rubin Ultra, que está prevista para os próximos anos. O projeto Prodigy já passou por várias mudanças e adiamentos.
Antes dessa atualização, a expectativa era de um chiplet com 256 núcleos e entregas só em 2027, o que já era bem diferente do plano anterior, que falava em 128 núcleos a 5,7 GHz em processo de 5nm.
Houve até uma versão citada com 192 núcleos que nunca saiu do papel. Agora, a empresa fala em algo ainda maior. Os chips Prodigy de 2nm surgem como mais um capítulo dessa série de revisões, já que nenhum modelo chegou ao mercado até o momento.

A Tachyum descreve que, nessa nova fase, o Prodigy pode atingir 1024 núcleos de 64 bits em um único soquete, todos trabalhando em clocks de até 6.0 GHz.
A plataforma pode alcançar sistemas de até 16 soquetes, chegando a 8.192 núcleos no total. A versão de 1024 núcleos, porém, suporta até 8 soquetes.
O conjunto técnico divulgado inclui arquitetura de 2nm ainda não fabricada, cache com 128 KB para instruções e 64 KB para dados (ambos com ECC) e 1 GB de cache L2 + L3.
Haverá modelos com 32, 64, 96, 128, 256, 320, 384, 448, 512, 768 e 1024 núcleos, com TDP variando entre 30 W e 1600 W, dependendo da configuração.

Na parte de memória, a Tachyum diz que os chips podem lidar com 24 canais DDR5 em velocidades de até 17.600 MT/s, além de 48 TB de DDR5 por soquete. A I/O anunciada inclui 128 lanes PCIe 7.0 e 64 controladoras PCIe no total.
Tanto DDR5-17600 quanto PCIe 7.0 são tecnologias que praticamente não existem no mercado atual, o que levanta dúvidas sobre qualquer previsão próxima.
Mesmo pensando no cenário de servidores, dificilmente algo assim circularia antes de 2027, e até 2030 seria difícil ver uma plataforma desse porte pronta.
Depois das especificações, a Tachyum divulgou alguns números de desempenho previstos. A comparação direta foi com a plataforma NVIDIA Rubin Ultra, que deve chegar também por volta de 2027.

A empresa afirma que o Prodigy 2 seria o primeiro chip a passar de 1000 PFLOPs em cargas de inferência, enquanto o Rubin ficaria em 50 PFLOPs.
A Tachyum também cita que o Prodigy Ultimate teria desempenho 21,3 vezes maior em cargas de IA por rack quando comparado ao NVIDIA Rubin Ultra (NVL756).
Já o Prodigy Premium ficaria em 25,9 vezes acima do NVIDIA Rubin (NVL144). Não há informações que confirmem se "Premium" e "Ultimate" são variantes dentro da mesma linha ou chips com focos diferentes.

Mesmo com números agressivos, tudo isso continua apenas no papel. A Tachyum ainda não completou sequer o tape-out do chip de 2nm, apesar de dizer que está pronta para isso depois de receber um investimento de US$ 220 milhões.
Agora resta aguardar para ver até onde esse projeto avança e se a empresa vai conseguir entregar algo próximo do que anunciou. Para quem trabalha com servidores, nuvem, IA ou até produção de conteúdo com modelos avançados, esse tipo de tecnologia pode virar referência no futuro.
Se esses chips realmente chegarem ao mercado, podem ajudar a reduzir custos de processamento em larga escala, melhorar serviços de IA usados por empresas locais e até influenciar preços de soluções de hardware no país. Mas, por enquanto, tudo depende de a Tachyum transformar essas fichas técnicas em algo real.








