Elon Musk, o polêmico dono do Twitter (atualmente chamado de X), está envolvido em mais uma controvérsia. Desta vez, ele está se defendendo contra acusações de fraude relacionadas à sua compra da rede social.
Na última quarta-feira (3), Musk entrou com uma defesa negando qualquer má intenção ao não informar a Securities and Exchange Commission (SEC) sobre sua compra substancial de ações do Twitter antes de tornar a empresa privada.
Toda essa história começou com muitas reviravoltas. Inicialmente, Musk tentou cancelar o acordo, mas acabou fechando um consórcio de investidores para adquirir uma participação bilionária no Twitter.
O que dizem os ex-acionistas?
Ex-acionistas do Twitter processaram Musk, alegando que sua demora em divulgar a compra os prejudicou financeiramente.
Eles afirmam que, se tivessem conhecimento antes, teriam lucrado com a valorização de 27% nas ações do Twitter após a divulgação pública da compra.
No entanto, Musk pediu a rejeição do processo e nega qualquer fraude. Musk argumenta que a demora foi um erro, não uma tentativa de enganar os investidores.
Em seu processo, ele explica que começou a comprar ações do Twitter em janeiro de 2022, investindo US$ 2,6 bilhões até o início de abril do mesmo ano.
Em 14 de março, ele adquiriu cerca de 42 milhões de ações, passando a controlar mais de 5% da empresa. Pelas regras da SEC, ele deveria ter informado sobre essa aquisição dentro de dez dias.
A economia de US$ 200 milhões
Os investidores alegam que Musk economizou mais de US$ 200 milhões ao não divulgar a compra no prazo, pois as ações permaneceram estáveis nesse período.
Musk, porém, nega essas alegações e insiste que não houve intenção de fraude. Ele diz que quando percebeu o erro, corrigiu a situação e preencheu o formulário 13G com a SEC, que permite omitir intenções por trás da compra.
Segundo os investidores, ele deveria ter usado o formulário 13D, já que sua intenção era influenciar as operações do Twitter.
Parceria com Morgan Stanley?
O processo também menciona uma suposta colaboração entre Musk e o banco de investimentos Morgan Stanley, um dos maiores acionistas do Twitter, para comprar ações de forma a esconder a transação do mercado.
Além disso, Musk está enfrentando uma investigação separada da SEC sobre fraude em sua compra do Twitter. Após inicialmente se recusar a cooperar, ele concordou em participar das sessões de questionamento em maio, alegando que estava sendo assediado pela SEC.
Essa novela ainda está longe de terminar, mas Musk continua firme em sua defesa, negando qualquer má conduta e alegando que tudo não passou de um mal entendido.
Resta saber como essa história vai se desenrolar e qual será o impacto para o bilionário e para os investidores do Twitter.