A EA — empresa por trás de franquias como Battlefield — confirmou que firmou acordo definitivo para ser adquirida por um consórcio formado por PIF, Silver Lake e Affinity Partners em uma transação totalmente em dinheiro no valor de US$ 55 bilhões.
Pelo acordo, o consórcio vai adquirir 100% da EA. O PIF (fundo soberano da Arábia Saudita) já detinha cerca de 9,9% das ações da EA, e essa participação será "rolada" para a nova estrutura — ou seja, o PIF não sai, apenas realoca sua parte no novo controle.
A diretoria da EA já aprovou esse acordo após uma avaliação cuidadosa. Segundo Luis A. Ubiñas, diretor independente líder do conselho da empresa, concluiu-se que essa transação representa um valor interessante para os acionistas e atende aos interesses de todas as partes envolvidas.
Mesmo com o contrato assinado, o negócio ainda precisa percorrer etapas, ele só deve ser concluído no primeiro trimestre do ano fiscal de 2027 (Q1 FY27) e depende do aval de órgãos regulatórios e da aprovação dos acionistas da EA. Após a consumação, as ações ordinárias da EA deixarão de ser negociadas em mercados públicos.
Andrew Wilson, CEO e presidente da EA, comentou dizendo que o resultado é um reconhecimento do trabalho criativo e apaixonado das equipes da empresa, que entregaram experiências incríveis para centenas de milhões de fãs e construíram IPs icônicos.
Ele afirmou que, com os novos parceiros, a empresa vai continuar expandindo os limites do entretenimento, esportes e tecnologia, buscando inspirar gerações futuras.
O preço por ação para os acionistas será de US$ 210, cifra essa que representa um prêmio de 25% em relação ao preço “não afetado” das ações da EA (US$ 168,32, cotação considerada em 25 de setembro de 2025).
Do valor total da transação, cerca de US$ 36 bilhões serão aportes de capital pelos investidores, e US$ 20 bilhões estarão sob a forma de dívida financeira — financiada por instituições como o JPMorgan Chase —, sendo aproximadamente US$ 18 bilhões previstos para serem liberados no fechamento do negócio.
Mesmo após a compra, a sede da EA permanecerá em Redwood City, Califórnia, e Andrew Wilson continuará liderando a empresa como CEO.
Esse acordo é apresentado pela EA como "o maior investimento take-private totalmente em dinheiro da história", ou seja, uma aquisição de empresa aberta (na bolsa) que se tornará privada, feita integralmente em espécie.