A Disney anunciou que planeja demitir 7 mil funcionários nos próximos dias como parte de seus esforços para reduzir custos em um "ambiente econômico desafiador".
Em uma teleconferência nesta quarta-feira (8), o CEO da Disney, Bob Iger, disse que a mudança é "necessária para enfrentar os desafios que enfrentamos hoje".
A mudança ocorre pouco depois da empresa divulgar um relatório de seus resultados para o primeiro trimestre fiscal de 2023, que mostra o número de assinantes do streaming da Disney até o fim de dezembro de 2022.
De acordo com o relatório, a Disney perdeu mais de 2,4 milhões de assinantes no último trimestre, caindo de 164,2 milhões de assinaturas globalmente para 161,8 milhões.
A maior perca de assinaturas foi registrada no Disney+ Hotstar na Índia, onde a empresa perdeu os direitos de transmissão do críquete, o esporte mais popular do país asiático.
Por outro lado, o Disney+ Core recebeu mais de 1 milhão de novas assinaturas nos EUA, enquanto o Hulu e ESPN+ que são controlados pela The Walt Disney Company, receberam pouco mais de meio milhão de assinantes cada.
No entanto, essas novas assinaturas registradas não foram suficientes para compensar as percas registradas na Índia e o streaming da Disney registra a primeira queda de assinantes desde que foi lançado em 2019.
Demissões na Disney
Os rumores sobre demissões na Disney começaram a surgir quando Iger assumiu o cargo de CEO da empresa, em novembro do ano passado.
Em seus primeiros dias na empresa, ele realizou grandes mudanças organizacionais e dividiu os departamentos da companhia. O que gerou muitos boatos sobre demissões.
Agora, Iger afirma que tem como um de seus principais objetivos para 2023 economizar "custos em toda a empresa" visando uma redução de gastos de até US $ 5,5 bilhões e assume que as demissões "ajudarão a alcançar isso".
No entanto, ele não deixou claro quais departamentos serão afetados pelas demissões. No último trimestre, os negócios de streaming da Disney perderam cerca de US $ 1,5 bilhão em receita.
A situação econômica global está forçando todos os serviços de streaming a passarem por um reajuste, mas como os resultados abrangem apenas os últimos três meses de 2022, ainda é muito cedo para dizer como isso afetará os funcionários da empresa.
"Nossa prioridade é o crescimento duradouro e a lucratividade de nosso negócio de streaming", disse Iger.
"Nossas previsões atuais indicam que o Disney+ atingirá a lucratividade até o final do ano fiscal de 2024, e alcançar isso continua sendo nosso objetivo", acrescentou.
Apesar da desaceleração no crescimento de assinantes, a Disney continuará trabalhando para melhorar os seus serviços de streaming e atrair novos assinantes em 2023.
Uma de suas apostas será o recém lançado plano com preço reduzido suportado por anúncios para o Disney+, mas a diretora financeira da Disney, Christine McCarthy, disse que não espera um impacto financeiro significativo até o final do ano.
"A empresa não espera que o lançamento da camada de anúncios Disney+ forneça um impacto financeiro significativo até o final deste ano fiscal", disse McCarthy.
Com o pacote de três anos fornecido no lançamento do Disney+ próximo de expirar, a expectativa é de que mais pessoas abandonem os serviços de streaming da Disney.
E embora a Disney ofereça um plano integrado com os serviços Disney+, Hulu e ESPN+, o preço ainda é muito mais caro que os planos separados, que também tiveram aumento de preços no ano passado.
Via: The Verge, Whatson Disney Plus