CEO da IonQ diz que chips quânticos farão com que GPUs tradicionais pareçam obsoletas até 2027

Chip da IonQ

A computação quântica está ganhando cada vez mais atenção, e no meio desse movimento, o CEO da IonQ afirma que os chips quânticos da empresa podem superar a concorrência de gigantes como NVIDIA e AMD.

A pergunta sobre o futuro da computação ainda é a mesma, será que fabricantes de GPUs, como NVIDIA e AMD, podem continuar aumentando a performance apenas com melhorias na arquitetura ou seguindo a Lei de Moore?

Uma possibilidade é usar computadores quânticos em aplicações que exigem grande poder de processamento. É nesse cenário que várias empresas de computação quântica têm surgido.

Entre elas, está a IonQ, que afirma que seus chips podem superar GPUs clássicas em várias tarefas, mesmo que essas GPUs tenham "a idade do universo".

As declarações de Niccolo de Masi, CEO da IonQ, sobre superar GPUs clássicas são debatíveis, mas ele também afirmou que a arquitetura Blackwell da NVIDIA poderia se tornar obsoleta até 2027, graças ao novo chip quântico da empresa com 10.000 qubits.

Para entender melhor, vamos detalhar essas afirmações e como a computação quântica se compara às GPUs tradicionais. Atualmente, computadores quânticos são mais eficientes em tarefas específicas, como otimização, química e criptografia.

Em computação clássica, porém, GPUs ainda dominam. O CEO da IonQ comentou à Bloomberg sobre a aquisição da Oxford Ionics, que acelerou o plano da empresa para chegar a 10.000 qubits físicos em um único chip até 2027. Mas o que são esses qubits?

  • Qubits físicos: são circuitos supercondutores que armazenam dados codificados.
  • Qubits lógicos: lidam com algoritmos quânticos corrigidos de erros e são essenciais para os cálculos que desenvolvedores realizam nos computadores quânticos.

De Masi afirmou que, mesmo que se alcancem dois milhões de qubits até 2030, esses chips permitirão resolver problemas que GPUs tradicionais não conseguiriam, mesmo se tivessem "a idade do universo".

Ele ainda disse que "os chips Blackwell parecerão obsoletos muito antes disso – até 2027, com 10.000 qubits desenvolvidos em parceria com nossos novos parceiros da Oxford Ionics, vamos superar qualquer supercomputador existente na Terra."

Atualmente, acredita-se que comparar chips quânticos com GPUs clássicas é como comparar um carro de Fórmula 1 com um caminhão de carga.

O caminhão (GPU) é ótimo para tarefas paralelas previsíveis e resultados exatos, enquanto os chips quânticos são feitos para problemas que crescem exponencialmente e se tornam impossíveis para máquinas clássicas.

A única forma de empresas como a IonQ competir diretamente com GPUs da NVIDIA ou AMD é aumentando significativamente os qubits lógicos – e essa continua sendo a maior dificuldade hoje.