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AMD pode trazer o Strix Halo para desktops: CEO Lisa Su confirma em entrevista

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Os processadores Strix Halo da AMD, projetados inicialmente para notebooks, podem estar a caminho dos desktops. Isso significa que usuários poderão ter um desempenho gráfico de alto nível sem precisar de uma placa de vídeo dedicada.

O Strix Halo é um avanço no mundo dos processadores porque entrega uma performance gráfica semelhante a placas de vídeo dedicadas de entrada.

Seu design é maior e mais avançado que os chips tradicionais Zen 5 Strix Point, chegando a ter até 40 Unidades de Computação (CUs) no chip gráfico integrado (iGPU), o que já o diferencia bastante das APUs anteriores.

Mas tem um detalhe importante. Esses processadores foram desenvolvidos para notebooks e não encaixam no soquete AM5 tradicional dos desktops Ryzen 9000.

Em vez disso, utilizam o soquete FP11, que é fisicamente maior. Isso poderia dificultar a transição para desktops convencionais, mas há alternativas que podem viabilizar essa mudança.

Como o Strix Halo pode funcionar em PCs de mesa?

Já vimos algo parecido acontecer antes. A Minisforum lançou as placas-mãe BD770i e BD790i, que permitiram o uso dos processadores Ryzen 7745HX e 7945HX em desktops comuns.

A AMD pode seguir um caminho semelhante, permitindo que o Strix Halo seja utilizado em sistemas personalizados.

Durante uma entrevista no site Bilibili, o Gerente Geral da ASUS China, Tony, pediu diretamente à CEO da AMD, Lisa Su, que trouxesse o Strix Halo para desktops.

Dr. Lisa Su Tony ASUS

A resposta dela foi: "Sim, sim, claro!" Isso levantou ainda mais expectativas sobre essa possibilidade. Outra hipótese é que Lisa Su estivesse se referindo a sistemas modulares como os desktops Framework, que já suportam os novos Ryzen AI 300 (Kraken Point).

Se for esse o caso, os desktops poderão receber versões do Strix Halo sem depender de soluções tradicionais de placa-mãe e soquete AM5.

Se a AMD realmente levar essa ideia adiante, os usuários poderão montar desktops compactos e eficientes que dispensam o uso de GPUs dedicadas para muitas tarefas exigentes, tanto no processamento quanto nos gráficos.

Isso beneficiaria especialmente quem busca PCs pequenos e econômicos, mas ainda assim potentes. Plataformas como as BD790i ou as placas-mãe da Framework poderiam dar mais flexibilidade para quem quiser adicionar uma GPU dedicada no futuro, tornando essas máquinas mais versáteis.

Além disso, o usuário ainda teria liberdade para expandir a memória RAM e o armazenamento, como em qualquer outro desktop convencional.

Claro, algumas limitações existem. Por exemplo, esses sistemas não permitiriam trocar o processador nem o cooler, algo comum em desktops tradicionais.

Mesmo assim, a vantagem de ter um PC pequeno, com ótimo desempenho e sem um consumo de energia elevado pode atrair muitos usuários ao redor do mundo.

Os fabricantes (OEMs) também podem aproveitar essa tecnologia para criar mini-PCs ainda menores e mais eficientes, entregando desempenho gráfico superior ao Strix Point e outras APUs anteriores.

Agora, resta aguardar mais detalhes oficiais da AMD, mas tudo indica que as APUs para desktop vão evoluir bastante nos próximos anos.