Trabalhadores da Samsung entram em greve pela primeira vez

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O Sindicato Nacional de Eletrônicos da Samsung (NSEU) e a gigante tecnológica sul-coreana não chegaram a um consenso sobre aumentos salariais e bônus, resultando em um protesto de um dia.

Na última sexta-feira (7), cerca de 28.000 funcionários se reuniram em frente ao escritório da empresa em Seul, exigindo melhores salários.

Este evento ocorre em um momento bem oportuno, pois a Samsung reportou um aumento de 933% em seu lucro operacional no primeiro trimestre de 2024.

Com seus concorrentes intensificando os esforços para dominar o mercado de inteligência artificial (IA), a Samsung enfrenta mais este desafio com seus funcionários.

Exigências e oferta da Samsung

A greve, liderada pelo NSEU, teve como principal objetivo abrir um "diálogo significativo" com a administração da Samsung.

Segundo um representante do sindicato, Lee Hyun-kuk, a intenção era encontrar uma solução amigável para as diferenças.

A Samsung, por sua vez, ofereceu um aumento de 5,1% na remuneração anual dos funcionários, enquanto o sindicato exigia um aumento de 6,5% e uma participação nos lucros recentes da empresa. Esse impasse levou ao protesto massivo de 28.000 trabalhadores.

Trabalhadores da Samsung em greve em Seul, Coreia do Sul.
Trabalhadores da Samsung protestando do lado de fora do escritório da gigante coreana em Seul / Créditos de imagem Yonhap

Impacto na produção e operações

Apesar da magnitude do protesto, a Samsung afirmou que a greve não teve grandes impactos na produção ou nas operações comerciais da empresa. A greve ocorreu logo após um feriado na Coreia do Sul, quando muitos funcionários já estavam em férias anuais.

Além disso, a fabricação de produtos como memórias DRAM e NAND da Samsung é altamente automatizada, o que minimiza os efeitos de paralisações temporárias de trabalho.

Futuro da greve que representa um marco histórico para a Samsung

O pesquisador de mercado da TrendForce sugeriu que a greve é pouco provável de afetar a produção de memória flash DRAM ou NAND, nem causar escassez nas remessas.

A maior parte dos participantes da greve se concentrou na sede da Samsung em Seul, e não nas unidades de produção. No entanto, o NSEU não pretende recuar em suas demandas.

Lee Hyun-kuk mencionou que o sindicato planeja novas ações, mas não forneceu detalhes específicos sobre os próximos passos. No momento, não há informações claras sobre como essa situação evoluirá.

O sindicato prometeu mais ações e está se preparando para novas mobilizações. Este episódio marca um momento histórico para a Samsung, sendo a primeira greve em 55 anos de operação.

A empresa, que recentemente comemorou um lucro extraordinário, agora enfrenta a necessidade de equilibrar as demandas de seus funcionários com a continuidade de suas operações globais.