Sony confirma mudança de foco do console físico para uma plataforma de jogos mais ampla

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A Sony divulgou seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025, revelando números que chamaram atenção no mercado de games. Até o fim de junho, o PlayStation 5 já havia alcançado 80,3 milhões de unidades enviadas para as lojas.

O segmento de Game & Network Services (G&NS) apresentou crescimento de 8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 936,5 bilhões de ienes (aproximadamente US$ 6,35 bilhões).

O aumento foi puxado principalmente pelas vendas de jogos de estúdios terceiros, apesar do impacto negativo das variações cambiais.

Com base nos resultados e no forte engajamento dos jogadores, a Sony revisou para cima suas projeções para o ano fiscal de 2025:

  • Receita estimada: 4,32 trilhões de ienes (US$ 29,31 bilhões)
  • Lucro operacional: crescimento de 4%, chegando a 500 bilhões de ienes (US$ 3,39 bilhões)

O número de usuários ativos mensais (MAUs) na rede PlayStation aumentou 6% em junho em relação ao mesmo mês de 2024, totalizando 123 milhões de contas. O tempo total de jogo também subiu 6% no período.

Outro ponto foi o lucro operacional recorde de 148 bilhões de ienes (cerca de US$ 1 bilhão), mais que o dobro do registrado no ano anterior. Esse desempenho veio do aumento nas vendas de jogos e na receita com serviços online.

Durante a sessão de perguntas e respostas com investidores, Sadahiko Hayakawa, vice-presidente sênior responsável por Finanças e Relações com Investidores da Sony, revelou um movimento estratégico importante:

"No negócio de games, estamos deixando de focar exclusivamente no hardware e migrando para um modelo de plataforma, que expande a comunidade e aumenta o engajamento."

Essa fala reforça indícios recentes, como uma vaga publicada para Diretor Sênior de Multiplataforma e Gestão de Contas, que sugeria que a Sony levaria mais jogos para PC, Xbox e Nintendo Switch — e não apenas títulos de serviço contínuo, como Helldivers 2.

Se confirmada, essa estratégia representaria uma grande virada na indústria, possivelmente deixando apenas a Nintendo como fabricante que mantém seus jogos exclusivos para o próprio console. Em outras palavras, seria o fim da chamada "guerra dos consoles" que marcou décadas no setor.