Desde 2017, aproximadamente 500 marcas de smartphones deixaram totalmente o mercado, ilustrando a ferocidade da competição nesse setor.
Gigantes como Apple e Samsung dominam o topo, enquanto outras aspiram a alcançar essa posição. Um relatório divulgado recentemente lança uma luz sobre a sombria realidade desse mercado nos últimos anos.
O cenário dos smartphones se revela implacável, com poucas marcas conseguindo se manter. De acordo com dados da Counterpoint Research, em 2023, apenas 250 marcas de smartphones ainda estão ativas.
Esse número pode parecer alto, mas quando comparado às mais de 700 marcas que existiam em 2017, a redução do mercado em apenas seis anos é chocante.
O levantamento também aponta que a maioria das marcas que saíram do mercado eram locais ou de menor alcance, provenientes de regiões como Índia, Oriente Médio, África, China, Japão e até Coreia, totalizando cerca de 700 marcas descontinuadas.
Enquanto isso, marcas globais, como Apple e Samsung, somavam 30 marcas. Dentre as marcas que não estão mais no mercado, destacam-se a LG e a Kyocera, que eram marcas locais. Algumas delas foram adquiridas por empresas maiores.
Entretanto, é evidente que as marcas menores foram as mais afetadas, apesar de algumas terem resistido às dificuldades. A Counterpoint Research identificou diversos desafios que levaram ao desaparecimento das marcas de smartphones.
O relatório afirma que os consumidores estão mantendo seus aparelhos por mais tempo, os ciclos de substituição se prolongaram, e o mercado passou por mudanças estruturais, afetando o crescimento.
Além disso, a cadeia de suprimentos enfrentou problemas, crises econômicas impactaram e houve avanços tecnológicos, além da capacidade limitada dos principais fabricantes em produzir em larga escala.
O aspecto triste dessa realidade é que o relatório prevê que mais marcas de smartphones enfrentarão essa tendência de sair do mercado.
Os fabricantes menores podem sobreviver vendendo seus aparelhos a preços premium, mas para isso, precisarão oferecer algo singular, algo que as grandes empresas não oferecem.
O Fairphone, um telefone focado na sustentabilidade é um exemplo disso. Mesmo não sendo de uma marca gigante, ele oferece características que as grandes marcas sequer consideram neste momento.