A empresa americana Palantir Technologies, que atua na área de inteligência artificial (IA) e big data, deu um passo importante ao fechar um novo acordo com a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Esse contrato envolve o uso do Maven Smart System (MSS), uma tecnologia que ajuda militares a tomarem decisões rápidas com base em dados.
E, segundo analistas, esse acordo pode abrir ainda mais as portas para que países europeus continuem comprando sistemas militares dos Estados Unidos.
Pra quem nunca ouviu falar, a Palantir (que é listada na bolsa com o código PLTR) desenvolve softwares avançados que organizam grandes volumes de dados — o famoso "big data" — e transformam tudo isso em informações fáceis de entender, principalmente para governos e empresas que lidam com segurança e estratégia.
Entre 2022 e 2024, a empresa viu sua receita crescer 50%, mas sem precisar contratar muita gente: o número de funcionários aumentou só 3%.
E pra 2025, a expectativa é de um novo crescimento de 31% no faturamento, mantendo uma margem de lucro operacional de 45% — o que é um ótimo sinal pra quem entende do mercado.
Nos últimos 30 dias, a Palantir também fechou cerca de dez novas parcerias comerciais, inclusive com uma concorrente direta chamada Databricks — algo bem fora do comum nesse setor.
O que é o Maven Smart System?
O Maven Smart System é tipo um supercomputador de guerra. Ele junta informações de vários lugares (satélites, sensores, relatórios, etc.) e entrega uma visão geral da situação de combate em tempo real.
Isso ajuda os militares a entenderem melhor o que está acontecendo no campo de batalha e agirem mais rápido e com mais precisão.
Esse sistema já é usado pelas principais forças armadas dos EUA, como o Exército, Marinha e Força Aérea, além dos Comandos de Combate dos EUA. Ou seja, não é uma novidade que acabou de sair do papel — já tem histórico de uso real.
Segundo o analista Louie DiPalma, da William Blair, esse acordo com a OTAN foi um dos mais rápidos da história da organização. Isso mostra a urgência e a importância que eles deram para a aquisição dessa tecnologia.
O analista acredita que essa parceria reforça a ligação entre os países europeus e a indústria de defesa americana.
Com o aumento dos orçamentos militares na Europa, tudo indica que o continente deve continuar comprando tecnologias e sistemas de defesa dos Estados Unidos, especialmente agora que a segurança virou uma prioridade maior.
As ações da Palantir subiram mais de 7% só hoje (na data da notícia), acumulando uma alta de 26% no ano. Apesar disso, o analista também faz um alerta.
Como a Palantir tem uma relação forte com o índice Nasdaq-100, se esse índice cair, as ações da empresa podem cair ainda mais, por causa da chamada alta volatilidade (ou beta alto).
Pra quem está começando a entender sobre tecnologia, IA e segurança digital, essa movimentação da Palantir mostra como dados e inteligência artificial estão cada vez mais no centro das decisões militares e estratégicas.
Governos e grandes organizações como a OTAN não estão mais investindo só em tanques e aviões, mas também em software inteligente que ajuda a prever movimentos inimigos, planejar ações e proteger melhor seus territórios.
Além disso, esse tipo de acordo reforça como empresas dos EUA continuam liderando em tecnologia de defesa e como a Europa está cada vez mais dependente dessas soluções — seja por agilidade, inovação ou eficiência.