A Motorola, uma das marcas mais tradicionais de celulares, tem grandes ambições para o futuro. A empresa, que foi comprada pela Lenovo em 2014, acredita que pode se tornar a terceira maior fabricante de smartphones do mundo em alguns anos, desafiando o domínio da Apple e Samsung.
Quem fez essa aposta ousada foi Matthew Zielinski, o presidente de mercados internacionais da Lenovo, em uma entrevista à CNBC. Ele disse que apostaria seu salário que, em três anos, a Motorola seria a número três no mercado global de smartphones.
Para isso, a empresa pretende lançar produtos inovadores e competitivos, como o novo Motorola Razr, um celular dobrável que resgata o design icônico do antigo V3.
Zielinski afirmou que o Razr é uma tentativa de entrar no mercado premium, onde Apple e Samsung são as líderes. No entanto, a tarefa não será fácil.
Segundo dados da BankMyCell, a Apple e a Samsung juntas têm 85,38% do mercado de smartphones nos Estados Unidos, o maior do mundo.
A Motorola aparece em terceiro lugar, mas com apenas 4,44%. No Brasil, a situação é um pouco melhor: a Motorola é a segunda colocada, com 18,97%, atrás apenas da Samsung, que tem 36,43%3.
Além disso, a Motorola enfrenta a concorrência de outras marcas, como Google, LG, Xiaomi, Huawei e Oppo, que também querem aumentar sua participação no mercado.
Segundo a Statista, a Motorola Solutions, que é a divisão de comunicações da empresa, teve uma queda nas vendas globais de 72% em 2019 para 70% em 2022.
Zielinski não revelou uma estratégia mais detalhada de como a Motorola pretende alcançar seu objetivo, mas disse que a empresa vai crescer de forma estável até chegar a 10% de participação em regiões que impulsionem sua popularidade.
Ele também elogiou a parceria com a Lenovo, que permitiu à Motorola ter acesso a recursos e tecnologias que não teria sozinha.
A Motorola tem uma história de mais de 90 anos no mercado de telecomunicações, sendo a pioneira na invenção do telefone celular, em 1973.
A empresa já foi líder mundial em vendas de celulares, mas perdeu espaço com a chegada dos smartphones. Em 2012, foi vendida para o Google, que depois a repassou para a Lenovo em 2014.
Agora, a empresa quer recuperar seu prestígio e mostrar que ainda é capaz de surpreender os consumidores com seus produtos. Será que a Motorola conseguirá se tornar a terceira maior marca de smartphones em alguns anos? Só o tempo dirá.