Tudo indica que a Apple está prestes a viver um dos maiores ciclos de atualização de iPhones da sua história. E, segundo o analista Bhavtosh Vajpayee, da CLSA, essa virada não é uma questão de "se" vai acontecer, mas sim de "quando".
A explicação vem de dois fatos bem simples, mas que dizem muito sobre o cenário atual: o envelhecimento da base de iPhones no mercado e as novas limitações impostas pelo avanço do iOS e da inteligência artificial da Apple.
O primeiro ponto faz referência aos cerca de 150 milhões de iPhones ao redor do mundo que não conseguem mais atualizar para o iOS 26, o sistema mais recente da marca.
Modelos como o iPhone XS e o XR ficaram de fora dessa nova versão, o que representa cerca de 10% da base global de usuários da Apple.
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Esses aparelhos, por mais que ainda funcionem bem, já não têm acesso aos novos recursos de software — e isso costuma ser o gatilho para que muita gente comece a pensar em trocar de celular.
Hoje, a idade média de um iPhone ativo é de 6,5 anos, o que é bastante tempo considerando o ritmo de evolução tecnológica.
Esse dado reforça a ideia de que há uma demanda reprimida por upgrades — usuários com aparelhos antigos que estão prontos para mudar para um modelo mais moderno e compatível com os novos recursos.
O segundo fato é ainda mais significativo. A Apple Intelligence, a nova plataforma de inteligência artificial da empresa, só funciona nos modelos iPhone 15 Pro ou superiores.
Segundo estimativas da CLSA, isso deixa cerca de 975 milhões de iPhones — o equivalente a 65% de todos os iPhones ativos no mundo — sem acesso às funções de IA que a Apple vem promovendo.
E se tirarmos da conta as previsões de vendas da linha iPhone 17, esse número sobe para 78% dos iPhones em uso hoje, ou aproximadamente 1,17 bilhão de aparelhos, simplesmente não poderão usar os recursos de Apple Intelligence.
Esse tipo de limitação costuma acelerar o ciclo de troca de aparelhos, já que muitos usuários não querem ficar de fora das novas funcionalidades. Tudo isso leva à conclusão de que 2026 deve ser um ano crucial para a Apple.
As projeções indicam que a empresa está se preparando para um super ciclo de atualização — um período em que milhões de usuários devem trocar seus aparelhos antigos por novos modelos.
E a Apple parece ciente disso, há rumores de que seis versões diferentes do iPhone estão planejadas para o próximo ano. Entre elas estariam o iPhone 17e, o iPhone 18 nas versões básica, Air, Pro e Pro Max, e ainda um modelo dobrável, que seria a grande novidade.
A empresa deve buscar crescer 10% em envios de iPhones em 2026, apostando justamente nesse novo modelo dobrável para impulsionar a demanda.
Para efeito de comparação, em 2024 foram enviados 232 milhões de iPhones, e as previsões da IDC indicam um aumento de 4% em 2025, chegando a cerca de 241 milhões de unidades. Se atingir a meta de 2026, o volume pode subir para aproximadamente 265 milhões de iPhones.
Além dos novos smartphones, a Apple também estaria trabalhando em óculos inteligentes com recursos de IA, uma tentativa de disputar espaço com o domínio atual da Meta nesse segmento. Esses óculos também têm previsão de lançamento em 2026.
Com uma base enorme de aparelhos envelhecidos e recursos exclusivos que só funcionam nos modelos mais recentes, o cenário está montado, o super ciclo de atualização do iPhone parece inevitável — e o ponto de virada deve chegar em 2026.
