O documento que marca o nascimento da Apple vai voltar aos holofotes no começo de 2026. A casa de leilões Christie's, em Nova York, se prepara para colocar à venda o contrato original que uniu Steve Jobs, Steve Wozniak e Ron Wayne no início da empresa que mais tarde seria uma das que dominaria o mundo da tecnologia.
Esse material histórico, com três páginas, deve alcançar um valor na casa dos sete dígitos. A Christie's estima que o contrato fundador da Apple seja vendido por algo entre US$ 2 milhões e US$ 4 milhões, um preço que reflete o peso simbólico desse tipo de documento.
Papéis ligados a gigantes globais costumam despertar um sentimento nostálgico poderoso e, por isso, atraem colecionadores dispostos a pagar valores bem altos.
O pacote que vai a leilão no dia 23 de janeiro de 2026 traz não só o acordo inicial entre Jobs, Wozniak e Wayne, mas também o documento em que Ron Wayne abre mão da própria participação poucos dias depois da criação da empresa.
Ou seja, quem adquirir o conjunto leva duas peças que contam um capítulo essencial da história da tecnologia. Essa não é a primeira vez que algo ligado à origem da Apple aparece em leilões.
Em 2011, a Sotheby's colocou à venda o mesmo contrato de fundação. Na época, Eduardo Cisneros, CEO da Cisneros Corp, levou o documento por US$ 1,59 milhão.
O valor incluía o prêmio de 12% da casa de leilões, o que significa que a avaliação real girava em torno de US$ 1,35 milhão.
Segundo o contrato original, Jobs e Wozniak ficaram cada um com 45% da Apple, enquanto Wayne ficou com os outros 10%. Dias depois, Wayne assinaria o acordo de saída, vendendo sua parte por apenas US$ 800.
Se tivesse mantido a participação até hoje, ela estaria estimada em algo próximo de US$ 400 bilhões — um número que mostra como esse episódio acabou se tornando um dos mais comentados quando se fala nos primeiros passos da Apple.
Documentos assim ajudam a entender como empresas gigantes começaram e mostram como decisões tomadas em poucos dias podem mudar destinos inteiros.








