A Samsung parece estar tomando uma decisão ousada (e arriscada) com o próximo Galaxy Z Flip 7, previsto para ser lançado em julho.
Segundo rumores vindos da Coreia do Sul, a empresa vai apostar no seu próprio processador, o Exynos 2500, deixando de lado o famoso Snapdragon 8 Gen 3 (Elite) da Qualcomm, conhecido por entregar desempenho de alto nível.
Mas por que a troca? A resposta está no bolso, economia de custo. Usar o chip Exynos, mesmo que ele esteja com problemas de produção, sai mais barato para a empresa do que comprar os chips da Qualcomm — que têm preços bem mais altos.
O Exynos 2500 é um chip novo, feito com a tecnologia de 3 nanômetros (3nm) chamada GAA — sigla para Gate-All-Around, uma técnica avançada para fabricar chips menores, mais potentes e com menor consumo de energia.
Em teoria, essa tecnologia é o futuro dos processadores. Porém, na prática, a Samsung está tendo dificuldades sérias. As fábricas estão conseguindo produzir apenas entre 20% e 40% de chips bons por lote.
Ou seja, a cada 100 chips feitos, só 20 a 40 funcionam como deveriam. O ideal seria uma taxa de sucesso de pelo menos 60%, o que já é o padrão da indústria antes de começar a produção em larga escala.
Mesmo com esse problema, a Samsung quer seguir em frente com o Exynos 2500, pois mesmo com perdas, ainda sai mais barato do que usar o Snapdragon 8 Elite, que é caro por entregar mais desempenho e estabilidade.
O plano é lançar cerca de 200 mil unidades do Galaxy Z Flip 7 com esse chip próprio, podendo aumentar esse número se a produção melhorar e a aceitação do público for boa.
Para quem está interessado no novo dobrável da Samsung, fique atento. A escolha do chip influencia diretamente na velocidade do celular, no consumo de bateria e até no aquecimento durante o uso.
Mesmo com o Exynos sendo mais econômico para a empresa, ele pode não oferecer a mesma performance do Snapdragon. Então, o usuário pode sentir alguma diferença em jogos pesados, uso de câmeras avançadas ou multitarefas mais exigentes.
Com esse chip, a Samsung busca ter mais controle sobre sua própria tecnologia e não depender tanto de fornecedores como a Qualcomm. Investir no Exynos agora, mesmo com dificuldade, ajuda a empresa a ganhar experiência e melhorar no futuro.
Inclusive, durante uma apresentação recente de resultados financeiros, a Samsung disse que está se preparando para começar a fabricar chips ainda mais avançados, com tecnologia de 2 nanômetros, até o final de 2025.
A ideia é competir de igual pra igual com empresas como a TSMC, que hoje domina esse mercado. Mesmo com essa decisão polêmica, o Galaxy Z Flip 7 tem potencial para ser um modelo interessante.
A linha "Z Flip" já é conhecida pelo seu design dobrável estilo concha, que cabe no bolso e oferece uma experiência única para quem gosta de inovação.
Se a Samsung conseguir melhorar o rendimento do Exynos 2500 e equilibrar desempenho com preço, o Flip 7 pode ser um sucesso. Mas se os problemas persistirem, a escolha do chip pode virar motivo de críticas e prejuízo para a imagem da marca.
