Cerca de um mês atrás, a Ubisoft confirmou que Assassin's Creed Shadows chegaria ao Nintendo Switch 2 em 2 de dezembro.
O jogo usa a versão mais nova da engine Anvil, que recebeu várias mudanças grandes. É o tipo de atualização que empurra a série para um patamar bem avançado, com recursos como:
- Ray tracing aplicado em iluminação global e reflexos
- Vento e chuva feitos com simulação de fluidos, mexendo folhas, árvores e até o jeito que as gotas caem
- Nuvens e clima criados com física, mudando o céu o tempo todo
- Um sistema parecido com o Nanite, que trabalha com polígonos minúsculos e ajusta a densidade conforme a distância
- Física de destruição mais robusta, além de tecidos e materiais reagindo de forma mais natural
- Streaming de terreno e objetos retrabalhado para lidar com vilarejos densos e mapas variados sem sobrecarregar CPU e armazenamento
- Uso maior de instancing e mesh shaders no GPU, cortando carga de envio de objetos e acelerando cenas cheias de itens pequenos
Só que o Switch 2, mesmo sendo mais forte que o primeiro modelo, não chega perto do poder de um PC, PS5 ou Xbox Series S|X.
Segundo Bruno, líder de programação do projeto, a equipe precisou mexer profundamente na forma como o mundo é montado na tela e também no jeito que os sistemas internos do jogo conversam entre si.
- Leia também: Nintendo Switch 2 recebe patch 21.0.1 com correções no Bluetooth e ajustes de estabilidade
Alguns sistemas, como nuvens e simulação de tecidos, continuam presentes, mas passaram por ajustes pesados e em alguns casos encolheram para reduzir a carga no GPU.
Já a iluminação global usa a versão pré-calculada — a mesma dos PCs mais fracos e do Xbox Series S — economizando memória e evitando depender do hardware de ray tracing do console.
Além disso, a Ubisoft ajustou praticamente tudo: níveis de detalhe, distância de renderização, resolução de textura e esquema de streaming de objetos.
Em áreas mais cheias, a equipe só reduziu NPC quando realmente não havia outra saída para segurar o desempenho.
- Leia também: Donos do Nintendo Switch 2 podem ter dificuldades para encontrar cartões microSD em breve
O lado positivo é que o Switch 2 conta com suporte ao NVIDIA DLSS, o que ajuda a reconstruir a imagem em alta qualidade mesmo partindo de uma resolução menor.
Isso deu um fôlego extra ao desempenho. Ainda assim, a Ubisoft optou por focar em estabilidade. O jogo roda a 30 FPS no modo portátil e no modo dock. A diferença está no visual.
No portátil, os gráficos ficam mais simples; no dock, a imagem fica mais nítida, com distância maior de renderização e ajustes de LOD mais caprichados. O portátil, porém, oferece HDR e uma versão específica de VRR. Bruno explicou:
"O limite mínimo de VRR costuma ser 40 FPS, mas Assassin's Creed Shadows roda a 30 FPS no Nintendo Switch 2. A gente não queria mexer nessa parte, então criamos um algoritmo dedicado que mantém o VRR ativo mesmo a 30 FPS, deixando o jogo o mais fluido e responsivo possível."
A versão do Switch 2 também usa funcionalidades próprias do console, como toque na tela para navegar por menus, mapas e interações no esconderijo.
Há planos para suporte futuro a mouse e teclado no modo dock. No dia 2 de dezembro, quem jogar no Switch 2 não terá acesso à expansão Claws of Awaji. Ela está prevista só para 2026.
A Ubisoft também disse que essa será a única grande expansão de Assassin's Creed Shadows, diferente do que aconteceu com Valhalla, que recebeu três conteúdos extras (Wrath of the Druids, The Siege of Paris e Dawn of Ragnarök).








