Um novo relatório revelou que a Apple pode ganhar muito dinheiro com o futuro iPhone dobrável, mesmo que o custo para fabricá-lo seja quase o mesmo do valor de um iPhone tradicional vendido nos Estados Unidos.
A expectativa é que esse modelo seja lançado em algum momento da segunda metade de 2026. Produzir esse tipo de celular é um processo muito mais complicado do que um iPhone comum.
Por isso, ele vai custar bem mais caro — tanto para fabricar quanto para quem quiser comprar. Segundo uma análise feita por J. Yoon, da empresa UBS, o custo de produção estimado (também chamado de Bill of Materials, ou BOM) desse novo iPhone será de US$ 759, algo em torno de R$ 4.200 sem considerar os impostos.
Para comparação, o iPhone 16, em sua versão mais básica, deve custar US$ 799 (~R$ 4.450) nos Estados Unidos. Esse preço mais alto se deve a uma série de melhorias que a Apple pretende fazer para entregar um produto de qualidade.
Um dos grandes desafios nos celulares dobráveis atuais é o vinco no meio da tela, que fica visível com o uso. Para resolver isso, a Apple está testando novas tecnologias para deixar esse vinco o menos perceptível possível — ou até eliminá-lo.
De acordo com o analista Ming-Chi Kuo, a empresa coreana Fine M-Tec vai fornecer placas metálicas que serão coladas na tela dobrável feita pela Samsung, com o uso de furos a laser.
Essa técnica promete dar mais resistência à tela e evitar que ela marque com o tempo. Outra possibilidade citada por Ross Young, da DSCC (Display Supply Chain Consultants), é o uso de um vidro frontal mais grosso e tratado quimicamente, o que também ajudaria na durabilidade da tela.
Esses processos, no entanto, tornam a fabricação do aparelho ainda mais cara, o que justifica o aumento no valor final do produto.
Mesmo com possíveis reduções em partes internas, como o processador, memória e câmeras, os especialistas acreditam que o preço de venda do novo iPhone dobrável ficará entre R$ 12.000 e R$ 15.000. Esse valor pode facilmente ultrapassar os R$ 15 mil aqui no Brasil.
O leaker @Jukanlosreve publicou no X (antigo Twitter) que a Apple pode tentar equilibrar os custos usando um processador um pouco menos potente, menos memória e câmeras um pouco mais simples.
Mesmo assim, o preço final ainda será bem alto. O próprio Kuo afirmou que o aparelho pode custar até US$ 2.500, dependendo da versão. Apesar do alto custo de produção, a Apple pode sair ganhando — e muito.
A análise da UBS mostra que a empresa pode ter um lucro bruto entre 58% e 64% por unidade vendida. Para comparação, a margem de lucro do iPhone 16 deve ser de cerca de 47%.
Ou seja, mesmo que o iPhone dobrável venda em menor quantidade (por causa do preço), cada unidade vendida renderá um lucro maior para a empresa. O modelo dobrável pode não contar com o Face ID, o famoso sistema de reconhecimento facial.
Isso pode acontecer por causa das dificuldades de encaixar essa tecnologia no novo design do aparelho. Mas isso ainda não está confirmado, então o jeito é esperar pra ver.