As ações da Apple caíram de novo, e dessa vez o motivo foi o governo dos Estados Unidos que vai aplicar uma tarifa altíssima, de 104%, sobre produtos vindos da China. Essa decisão veio direto da Casa Branca e mexeu pesado com o mercado.
A Apple, que já vinha em uma maré ruim há meses, foi ainda mais prejudicada. Só nos últimos cinco dias, os papéis da empresa perderam quase 20% do valor.
E olha que, no começo do dia, as ações até estavam subindo um pouquinho, seguindo um clima de alívio no mercado depois de quedas fortes na semana passada. Mas a tranquilidade durou pouco.
O que detonou de vez o movimento foi a fala da porta-voz do governo, Karoline Leavitt. Segundo ela, o presidente Trump decidiu seguir com a tarifa de 104% sobre produtos chineses, válida a partir da meia-noite.
A confirmação veio também de fontes da CNBC e da Fox Business. O motivo? Retaliação. A China respondeu com uma tarifa de 34% sobre produtos americanos, o que deixou o presidente dos EUA irritado. Ele chegou a dizer que, se a China não recuar, vai aumentar ainda mais os impostos — mais 50% por cima.
Trump publicou em sua rede social que a China já vem aplicando taxas altas há muito tempo, além de dar subsídios ilegais e manipular a moeda. Ele quer que o país recue, senão os Estados Unidos vão reagir com força total.

E como isso afeta a Apple?
A Apple depende bastante da China pra fabricar seus produtos, principalmente o iPhone, que é o carro-chefe da empresa. Então, quando rola uma treta desse tamanho entre os dois países, quem sofre é quem tá no meio: no caso, a Apple.
Com a tarifa, os custos pra trazer esses produtos aumentam demais. E isso pesa no bolso da empresa e até dos consumidores, que podem ver os preços subirem. Investidores já estão considerando que o valor dos iPhones pode aumentar nos EUA, e isso influencia diretamente no preço das ações da Apple.
Mesmo sendo uma gigante no mercado, a Apple perdeu posição. Agora tá colada na Microsoft, que tem se saído melhor porque seu negócio de software depende menos de cadeias de produção espalhadas pelo mundo.
Apple pensa em alternativas fora da China
A Apple não tá parada. Com esse clima tenso entre EUA e China, a empresa tem buscado outras saídas. Um dos caminhos é ampliar a produção no Brasil e na Índia, países que estão fora da mira dessas tarifas altas dos EUA.
Durante a coletiva, Leavitt também comentou que a Apple acredita no potencial dos EUA na área de produção e já investiu milhões por lá. E ela foi direta: as tarifas vão entrar em vigor sim, sem adiamento.
Mesmo com toda essa turbulência, há uma ponta de esperança no ar. O mercado parece acreditar que os dois países podem voltar a conversar e chegar num acordo. Por isso, as ações da Apple chegaram a amenizar um pouco a queda no fim do dia. Mas a instabilidade ainda tá no ar, e qualquer novidade pode virar o jogo de novo.