O Aplicativo Fakespot que analisa as resenhas da Amazon para determinar quais são falsas, não está mais disponível na App Store.
A Amazon convenceu a Apple a removê-lo da sua loja de aplicativos ao levantar preocupações de que o aplicativo fornece informações falsas e cria vulnerabilidades de segurança em potencial.
O Fakespot foi denunciado pela a Amazon em junho deste ano, uma das principais preocupações da gigante do comércio eletrônico é que o aplicativo "quebra" e injeta código em seu site.
Em teoria, isso permite o aplicativo coletar dados e colocar em ricos as informações confidencias dos clientes, incluindo números de cartão de crédito e outros dados pessoais.
A Amazon ainda revelou que entrou em contato com os desenvolvedores do Fakespot para tratar das questões de segurança e disse que não obteve resposta.
"A Amazon trabalha muito para construir uma experiência de compra que encante os clientes e uma experiência de venda que capacite marcas e vendedores a construir e expandir seus negócios. O aplicativo em questão fornece aos clientes informações enganosas sobre nossos vendedores e seus produtos, prejudicando os negócios de nossos vendedores e cria riscos de segurança em potencial. Agradecemos a análise da Apple deste aplicativo em relação às diretrizes da Appstore.", disse a Amazon em nota.
Em resposta, Saoud Khalifah, fundador e CEO da Fakespot, admitiu a CNBC que sua empresa coleta alguns dados do usuário, mas disse que não vende informações a terceiros.
Além disso, Saoud nega que seu aplicativo Fakespot apresente riscos de segurança aos clientes e site da Amazon.
"Não roubamos as informações dos usuários, nunca fizemos isso. Eles mostraram nenhuma prova e a Apple agiu com base na prova zero", disse Saoud Khalifah.
Aparentemente, a Apple não avisou sobre a remoção do Fakespot e nem mesmo deu a chance aos desenvolvedores de retificar qualquer problema que o aplicativo possa ter.
Mas, embora a Apple ainda não tenha feito uma declaração que esclareça por que exatamente o Fakespot foi retirado de sua loja, a Amazon apontou para duas diretrizes da App Store, em particular.
Uma dessas diretrizes afirma que um aplicativo que exibe conteúdo de um serviço de terceiros deve garantir a permissão desse serviço. O outro proíbe os aplicativos de exibir informações falsas.
No início de 2020, a Amazon foi atrás de outro add-on usado para rastrear preços e descontos: Honey, uma aquisição do PayPal de US $ 4 bilhões.
As pessoas que usaram o Honey viram um aviso no site da Amazon que diz que a extensão "rastreia [seu] comportamento de compras privadas, coleta dados como [seu] histórico de pedidos e itens salvos, e pode ler ou alterar qualquer um de [seus] dados em qualquer site [eles] Visita."
Via: Engadget
