A Samsung está se movimentando forte para voltar ao topo do mercado de fabricação de chips, e acaba de concluir o design básico da sua nova tecnologia de chips de 2 nanômetros (nm) com estrutura GAA de segunda geração.
Essa novidade, que parece técnica demais à primeira vista, pode trazer grandes mudanças para quem usa smartphones, tablets e outros dispositivos eletrônicos.
Para quem não sabe, a sigla "GAA" significa Gate-All-Around, é um tipo de arquitetura que permite maior controle da corrente elétrica dentro do chip, tornando-o mais eficiente e com melhor desempenho.
A primeira geração dessa tecnologia já está sendo testada, mas agora a Samsung acaba de concluir o desenho inicial da segunda geração, chamada SF2P, segundo o ZDNet.
Essa versão chega para entregar até 12% mais performance, consumir 25% menos energia e ocupar 8% menos espaço do que a geração anterior. Tudo isso sem aumentar o custo ou o tamanho dos chips.
Com essa nova geração, a Samsung planeja usar a tecnologia em diversos produtos, começando pelos futuros processadores Exynos. Esses chips são o "cérebro" de vários smartphones da marca.
Um exemplo direto disso pode ser o Exynos 2700, que já está nos planos para receber essa nova arquitetura. Enquanto isso, a Samsung segue testando em larga escala o Exynos 2600, que está em fase de produção piloto.
A meta da empresa é alcançar um rendimento de pelo menos 50%, ou seja, que metade dos chips produzidos estejam prontos para uso sem erros.
Isso mostra que o processo está amadurecendo e pode em breve ser usado em produtos vendidos no mercado. A fabricante sul-coreana está tentando competir com a TSMC, que hoje é líder mundial na fabricação de chips avançados.
Ao desenvolver essa nova geração de chips de 2nm com GAA, a Samsung quer recuperar sua força nesse setor e atrair grandes clientes, como a Qualcomm, que fabrica os famosos processadores Snapdragon.
Inclusive, já existem rumores de que a próxima geração do chip Snapdragon, o Snapdragon 8 Elite Gen 2, será feita nos novos wafers de 2nm da Samsung, e vai estrear nos celulares da linha Galaxy S25.
Isso mostra que a gigante sul-coreana pode voltar a dividir os pedidos com a TSMC, voltando à estratégia de dupla produção (dual-sourcing), que reduz riscos e custos para os clientes.
A produção em massa desses chips com a nova tecnologia está prevista para o ano que vem. Mas tudo depende de como vão os testes atuais.
Se der tudo certo, os smartphones com esses novos processadores podem chegar às prateleiras logo após o início da fabricação em larga escala.
Para os consumidores brasileiros, isso significa celulares mais rápidos, com mais eficiência energética e com melhor aproveitamento do espaço interno dos aparelhos.
Além disso, a evolução dessas tecnologias traz mais concorrência para o setor, o que pode levar a preços mais acessíveis no futuro.