Rapidus iniciará obra de fábrica de chips de 1,4nm em 2027 e mira processo de 1nm

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A corrida global pelos chips mais avançados segue acelerada, e a TSMC já tem data para avançar para a produção de wafers de 1,4nm, isso deve acontecer na segunda metade de 2028, com um investimento inicial de US$ 49 bilhões para levantar quatro fábricas.

No encalço dessa movimentação está a japonesa Rapidus, que quer começar em 2027 a obra de uma planta voltada para fabricar wafers na mesma litografia. Além disso, existe a intenção de trabalhar em chips de 1nm no mesmo local, num estágio posterior.

A iniciativa da Rapidus ganhou força graças ao governo japonês e a grandes empresas locais que colocaram capital pesado na startup para que ela consiga produzir wafers de 1,4nm.

Segundo o Nikkei Asia, o projeto será erguido em Hokkaido, a segunda maior ilha do país. A Rapidus quer caminhar lado a lado com a TSMC e planeja iniciar atividades de pesquisa do próximo nó em 2026.

Esse tipo de movimento exige um volume gigantesco de dinheiro, algo que a empresa já conseguiu atrair com apoio estatal e de nomes como Sony e Toyota. O pacote de incentivos já soma cerca de US$ 10 bilhões, ou ¥1,7 trilhão.

Mesmo com tanto investimento, a Rapidus encara o mesmo obstáculo que atinge todas as fabricantes que tentam produzir wafers de 2nm ou menos: rendimento.

O relatório mais recente não traz números, mas dá para entender que esse será o ponto mais complicado da trajetória da empresa.

A Rapidus ainda não iniciou a produção de wafers de 2nm e pretende entrar na fase de fabricação em grande escala somente em 2027.

No começo do ano, surgiram informações de que a companhia atingiu um marco pequeno, mas simbólico, ao iniciar testes de produção usando o processo GAA de 2nm.

Enquanto isso, a TSMC tende a ser sua principal concorrente nesse setor, mas a Samsung também avança. A empresa coreana instalou, em março, a máquina EUV High-NA da ASML, considerada essencial para fabricar chips de 1,4nm.

Com todos esses movimentos acontecendo em paralelo, a evolução da Rapidus nos próximos meses vai chamar atenção, principalmente para entender se a empresa conseguirá se manter firme nessa disputa.

Romário Leite
Fundador do TecFoco. Atua na área de tecnologia há mais de 10 anos, com rotina constante de criação de conteúdo, análise técnica e desenvolvimento de código. Tem ampla experiência com linguagens de programação, sistemas e jogos. Estudou nas universidades UNIPÊ e FIS, tendo passagem também pela UFPB e UEPB. Hoje, usa todo seu conhecimento e experiência para produzir conteúdo focado em tecnologia.