A Paradox Interactive divulgou recentemente um comunicado informando que Vampire: The Masquerade – Bloodlines 2 ficou bem abaixo das metas internas de vendas.
Com o desempenho fraco, a empresa registrou uma baixa contábil de aproximadamente US$ 37 milhões ligada aos "custos de desenvolvimento capitalizados".
O CEO da Paradox, Fredrik Wester, comentou que a publisher está satisfeita com o trabalho do estúdio The Chinese Room — que assumiu o projeto no lugar da Hardsuit Labs —, mas reconheceu que os números de vendas não bateram o que a companhia havia projetado.
Em vez de jogar a responsabilidade nas costas dos desenvolvedores, como costuma acontecer no mercado, Wester assumiu que o erro veio da própria Paradox.
Segundo ele, a publisher não tem vivência suficiente no gênero action RPG, o que dificultou prever o potencial comercial do jogo.
Wester disse também que, daqui para frente, a empresa vai focar novamente no tipo de jogo que sempre foi a base do catálogo da marca: estratégia em larga escala.
É o terreno onde a Paradox construiu sua reputação com séries como Crusader Kings, Europa Universalis — que inclusive ganhou seu quinto título recentemente — Victoria, Hearts of Iron, Stellaris e Imperator: Rome.
Essa decisão já vinha sendo sinalizada desde o ano passado, quando o vice-CEO Mattias Lilja comentou que um futuro Bloodlines seria licenciado para outro estúdio, em vez de desenvolvido internamente.
"Vamos avaliar a melhor forma de trabalhar com o catálogo da marca World of Darkness no futuro", disse Wester.
Mesmo com a situação complicada, a Paradox confirmou que Bloodlines 2 continua com os dois DLCs planejados, além de atualizações gratuitas pós-lançamento. Os conteúdos extras trazem histórias com personagens diferentes:
- Loose Cannon, que acompanha Benny Muldoon, ex-xerife da Corte de Seattle.
- The Flower & the Flame, que coloca o jogador no papel da vampira toreador Ysabella.
O primeiro DLC está previsto para o segundo trimestre de 2026, enquanto o segundo chega no terceiro trimestre. Há pouco tempo, o ex-diretor criativo da The Chinese Room, Dan Pinchbeck, contou que tentou convencer a Paradox a mudar o nome do jogo.
Para ele, o estúdio não tinha tempo nem recursos suficientes para entregar algo realmente à altura de um título da linha Bloodlines. A publisher não aceitou a mudança, e o resultado foi um lançamento com vendas fracas e avaliações bem divididas.








