A NVIDIA é vista como líder no setor de GPUs para inteligência artificial (IA) e data centers, com projeções de Wall Street estimando uma receita de US$ 200 bilhões para 2025.
Contudo, analistas como Blayne Curtis, da Jefferies, adotam uma visão mais moderada, alertando que essas estimativas podem estar superestimadas devido a preços médios de venda agressivos e expectativas de volumes de entrega infladas.
A arquitetura Blackwell é o ponto central dessa previsão. Segundo a Jefferies, a NVIDIA pode enviar cerca de 6 milhões de GPUs em 2025, o que geraria uma receita mais próxima de US$ 180 a 200 bilhões, um pouco abaixo das estimativas mais otimistas de Wall Street, que variam de US$ 205 a 215 bilhões.
Apesar das ressalvas, a empresa permanece confiante no crescimento acelerado, sustentado pelo forte desempenho das vendas no segmento de data centers e pela transição tecnológica de gerações anteriores.
A demanda por GPUs Blackwell, principalmente os modelos NVL72, tem sido liderada por gigantes como Microsoft, com pedidos maiores do que outros clientes como Amazon e Meta.
No final de 2024, espera-se um aumento na produção, com 150 mil a 200 mil unidades sendo enviadas no último trimestre e até 550 mil no primeiro trimestre de 2025, com um crescimento trimestre a trimestre projetado em 200%.
Curtis também aponta que, embora cautelosa, a Jefferies acredita na capacidade da NVIDIA de manter sua liderança tecnológica, revisando a meta de preço das ações para US$ 185, indicando um otimismo cauteloso.
O desafio maior está na entrega de inovação nos próximos anos enquanto gerencia as expectativas de um mercado com apetite insaciável por IA. Em 2024, as ações da NVIDIA subiram 200%, refletindo a confiança dos investidores em seu futuro.
Porém, para alcançar a meta de 2025, a empresa precisa equilibrar a alta demanda, resolver atrasos de produção e alinhar as expectativas de mercado com uma execução eficiente de sua estratégia