O CEO da NVIDIA decidiu comentar o caso envolvendo a ida de um ex-executivo da TSMC para a Intel. Segundo ele, a gigante taiwanesa sempre teve um cuidado muito forte com informações sensíveis e continua segura nesse ponto. Para o chefe da NVIDIA, a TSMC funciona como um "sistema", não como obra de uma única pessoa.
O impasse Intel–TSMC ganhou forte repercussão nos últimos dias depois que a fabricante de chips de Taiwan entrou na Justiça acusando o ex-executivo Dr. Wei-Jen Lo de ter acesso a dados que poderiam ajudar concorrentes, como a própria Intel.
Durante uma visita a Taiwan, perto do feriado de Ação de Graças, Jensen Huang foi questionado sobre a situação. Ele comentou que não conhece os detalhes do caso, mas disse que a TSMC não depende de uma única pessoa.
Para ele, a empresa funciona como um conjunto de processos e estruturas que não mudam com a saída de um ex-funcionário. Jensen também foi perguntado se existe algum receio sobre falhas da TSMC na proteção de tecnologia crítica.
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Ele respondeu que a empresa sempre fez um trabalho "excelente" nesse ponto e que a NVIDIA não trabalha com medo de vazamento de informações.
Além disso, Jensen explicou que copiar a base tecnológica da NVIDIA não seria simples, mesmo no pior cenário possível.
Segundo ele, tudo o que a empresa desenvolveu — desde chips até sistemas e software — é tão complexo que levou mais de três décadas para chegar ao nível atual:
"A tecnologia da nossa empresa é muito complexa, inclui chips, sistemas e software, e existem vários tipos de chips, não só GPUs. São tecnologias difíceis de dominar de verdade. Levamos 33 anos para chegar onde estamos."
Enquanto isso, o caso segue avançando nos tribunais. O CEO da Intel, Lip-Bu Tan, respondeu recentemente ao processo da TSMC dizendo que as acusações não têm fundamento e que a empresa vai apoiar totalmente o novo contratado.
A TSMC afirma que o ex-executivo tinha contato direto com dados sobre tecnologias críticas, como o processo de 2nm e o uso de EUV.
Informações anteriores indicam até que o Dr. Wei-Jen Lo teria anotações feitas à mão com conteúdo sensível, algo que gerou grande preocupação dentro da fabricante taiwanesa.
Agora, o desdobramento do caso pode acabar envolvendo questões geopolíticas, já que a Intel é uma das principais empresas de semicondutores dos Estados Unidos.
