Os Nintendo Switch 2 Game-Key cards ainda não são os formatos de jogo mais populares entre os usuários, mas estão conquistando os desenvolvedores.
Segundo Naoki Hamaguchi, diretor de Final Fantasy VII Rebirth, eles ajudam a superar algumas limitações dos cartuchos tradicionais.
Em entrevista à publicação alemã JP Games, Hamaguchi explicou que, do ponto de vista dos jogadores, o formato não é muito atraente. Mas, para quem desenvolve os jogos, a conversa muda completamente.
Com os Game-Key cards, os estúdios podem ultrapassar o limite de armazenamento dos cartuchos do Switch 2, que é de 64 GB, algo que podia ser um grande problema para jogos maiores.
O maior desafio para quem produz games AAA de alta performance, é a velocidade de carregamento dos cartuchos tradicionais, que é mais lenta que a dos SSDs.
Com os Game-Key cards, os desenvolvedores podem usar a memória interna do console para carregar os jogos mais rápido. Isso significa que é possível lançar jogos complexos e pesados no Nintendo Switch 2 sem sacrificar qualidade ou performance.
Apesar de reconhecer que muitos jogadores ainda não gostam dos Game-Key cards, Hamaguchi espera que, com o tempo, eles se acostumem e aceitem esse formato como parte da cultura de jogos do Switch 2.
Porém, usar os Game-Key cards não é obrigatório, mas para alguns estúdios, é a única forma de lançar experiências AAA no console.
Desde que foram apresentados junto ao Nintendo Switch 2, em abril, os Game-Key cards têm gerado polêmica, principalmente entre quem prefere jogos físicos tradicionais.
Alguns desenvolvedores conseguiram lançar seus títulos enormes em cartuchos convencionais, como a CD Projekt Red fez com Cyberpunk 2077. Porém, outros, como Hamaguchi, mostram que os cartuchos tradicionais têm limitações.
Um exemplo é Star Wars Outlaws, um jogo de mundo aberto que precisou ser lançado em Game-Key card porque os cartuchos do Switch 2 não ofereciam desempenho suficiente para atingir a qualidade desejada pelos desenvolvedores.