No mês passado, a CrowdStrike foi destaque nas manchetes devido a um incidente de paralisação global de TI, que causou uma grande interrupção em diversas empresas ao redor do mundo, afetando setores como o aéreo.
Esse apagão cibernético, como ficou conhecido no Brasil, desencadeado por uma falha em uma atualização do Windows, resultou em perdas financeiras substanciais, levando várias indústrias a entrarem com processos judiciais contra a empresa de segurança cibernética.
A CrowdStrike explicou as razões por trás do problema e as ações corretivas adotadas, mas o assunto só foi abordado de forma mais leve em um evento recente.
Durante a conferência de hackers DEF CON, em Las Vegas, a CrowdStrike foi agraciada com o prêmio de "Most Epic Fail" (Falha Mais Épica) nos Pwine Awards, uma cerimônia que ocorre anualmente para reconhecer as contribuições de pesquisadores de segurança e destacar tanto conquistas quanto falhas de empresas do setor.
Este ano, além de premiar as falhas épicas, a DEF CON também incluiu a categoria "Lamest Vendor Response" (Resposta Mais Fraca de um Fornecedor).
De acordo com o The Verge, o prêmio foi concedido à CrowdStrike por causar a interrupção global devido à atualização defeituosa.
Michael Sentonas, presidente da empresa, aceitou o prêmio com humildade, afirmando que é importante reconhecer os erros cometidos.
"É muito importante assumir isso quando você faz coisas terrivelmente erradas, como foi o caso neste caso", disse Sentonas.
Sentonas também comentou que, apesar desse não ser o tipo de reconhecimento que a CrowdStrike almeja, ele colocará o prêmio em um local visível na sede da empresa, para que os funcionários possam aprender com a experiência.
A postura adotada pela CrowdStrike, de admitir suas falhas e tratá-las de forma transparente, é um exemplo positivo que outras empresas também poderiam seguir.