Quando se fala em Apple TV+, muita gente logo pensa em séries de sucesso como 'Severance' e 'Ted Lasso'. E com tanta gente comentando, dá até pra imaginar que o serviço de streaming da Apple está nadando em dinheiro.
Mas, na real, a história é bem diferente. Mesmo com assinantes crescendo, a plataforma estaria perdendo cerca de US$ 1 bilhão por ano. Pode parecer um rombo gigante, mas dentro do universo da Apple, essa quantia quase não faz cócegas.
Produzir filmes e séries de alta qualidade não sai barato, e a Apple não economiza quando o assunto é entregar um conteúdo original de peso.
Segundo o site The Information, essa ambição de competir com os gigantes do streaming está pesando no bolso da empresa.
Para se ter uma ideia, só a primeira temporada de 'Severance' teria custado algo em torno de US$ 20 milhões por episódio. Mesmo com os bons números de assinantes, a conta não fecha.
A Apple já investiu aproximadamente US$ 20 bilhões na plataforma e, diante dos gastos astronômicos, decidiu dar uma segurada nos investimentos.
Eddy Cue, vice-presidente sênior de serviços da empresa, colocou dois executivos de Hollywood para ficar de olho no orçamento e tentar conter a sangria de dinheiro. A ideia é manter a Apple TV+ funcionando sem comprometer as finanças da empresa.
Mesmo assim, essa divisão segue sendo a única da companhia que opera no vermelho. Mas, se tem uma coisa que a Apple não precisa fazer, é se preocupar com dinheiro.
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No primeiro trimestre de 2025, a empresa registrou um faturamento impressionante de US$ 124,3 bilhões, embolsando um lucro líquido de US$ 36,3 bilhões.
Diante desses números, perder US$ 1 bilhão em um ano com streaming representa uma fatia minúscula do bolo – apenas 2,75% do lucro do primeiro trimestre.
Ou seja, enquanto outras empresas sofreriam com um prejuízo desse tamanho, a Apple pode se dar ao luxo de continuar investindo sem grandes preocupações.
O Apple TV+ ainda tem um longo caminho para se tornar lucrativo, mas o fato é que a Apple está jogando o jogo no longo prazo.
Diferente das concorrentes, que dependem diretamente do streaming para gerar receita, a gigante da tecnologia tem diversas outras fontes de renda para segurar as pontas. No final das contas, esse prejuízo bilionário parece um detalhe pequeno dentro da estratégia da empresa.
