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Apple pode liberar Google e Alexa como assistentes padrão no iPhone

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A Apple está no meio de uma grande mudança na Europa. Por pressão da União Europeia (UE), a gigante da tecnologia pode ser obrigada a deixar que os usuários escolham livremente qual assistente de voz querem usar no iPhone.

Isso abre caminho para rivais como o Google Assistente, Amazon Alexa e até futuros concorrentes baseados no ChatGPT. E acredite, essa história vai muito além de um simples ajuste no celular.

Nos últimos anos, a Apple tem tentado melhorar a Siri, seu assistente virtual. O objetivo era competir de igual pra igual com outras opções do mercado, como o Google Assistente e ferramentas de inteligência artificial (IA) avançadas como o ChatGPT.

Apesar dos esforços, a Siri ainda está atrás dos concorrentes em muitos aspectos — principalmente quando o assunto é entender comandos mais complexos ou se adaptar ao jeito que as pessoas realmente falam.

Agora, segundo uma reportagem detalhada de Mark Gurman e Drake Bennett publicada pela Bloomberg, a Apple pode ter que liberar o caminho para que os usuários da União Europeia escolham qual assistente virtual querem usar por padrão em seus dispositivos, como iPhones, iPads, Macs e até em futuros aparelhos, como um hub inteligente para casas conectadas.

Essa decisão não está vindo de forma voluntária da Apple, mas sim por exigência das regras impostas pela União Europeia. Na prática, isso significa que quem mora na Europa vai poder escolher entre assistentes como: Google Assistente, Amazon Alexa ou futuros assistentes baseados em IA como o ChatGPT.

Esse tipo de liberdade é algo novo para o ecossistema da Apple, conhecido por manter um controle rígido sobre tudo o que acontece dentro dos seus aparelhos.

E embora a mudança ainda esteja em estudo, ela mostra que a UE está determinada a colocar limites no poder das grandes empresas de tecnologia, garantindo mais opções e autonomia para o consumidor.

Com essa nova possibilidade, a Siri pode acabar sendo deixada de lado por muitos usuários, principalmente se outros assistentes se mostrarem mais inteligentes e úteis no dia a dia.

A Apple corre o risco de ver sua assistente digital se tornar uma alternativa menos popular, mesmo em seus próprios dispositivos. Apesar disso, a empresa ainda não anunciou oficialmente quando ou como essa mudança será implementada.

Também não está claro se isso vai se aplicar apenas aos dispositivos na União Europeia ou se a novidade vai chegar a outros países, como o Brasil.

Outro ponto importante é que empresas como a OpenAI, criadora do ChatGPT, ainda estão desenvolvendo suas próprias versões de assistentes de voz.

Sam Altman, CEO da OpenAI, está trabalhando em projetos junto com Jony Ive (ex-designer da Apple), mas ainda não se sabe quando ou se esses produtos vão chegar ao mercado.

União Europeia vs. Apple: uma batalha em andamento

Essa não é a primeira vez que a Apple é pressionada a mudar por causa das regras da União Europeia. Nos últimos anos, o bloco europeu já obrigou a empresa a:

  • Permitir que desenvolvedores ofereçam seus aplicativos fora da App Store
  • Liberar a escolha de apps de mensagens, navegação e navegador padrão no iPhone
  • Adotar o conector USB-C nos novos iPhones, no lugar do antigo Lightning

Tudo isso faz parte de um movimento maior da União Europeia para garantir que os consumidores tenham mais controle sobre seus dispositivos e que as grandes empresas de tecnologia joguem limpo.

Se essa mudança chegar ao Brasil no futuro (o que pode acontecer, dependendo da repercussão), os usuários de iPhone poderão finalmente escolher o assistente que mais combina com seu estilo de vida.

Quem prefere comandos mais rápidos, respostas mais completas ou integração com outros serviços pode acabar trocando a Siri por algo mais poderoso.

Essa liberdade pode transformar a forma como usamos o celular no dia a dia. Imagina poder usar o Google Assistente direto como padrão no seu iPhone?

Ou talvez um futuro assistente baseado no ChatGPT, com inteligência artificial ainda mais avançada, ajudando a organizar sua agenda, responder mensagens ou até fazer pesquisas mais rápidas?

Essa movimentação mostra que o cenário da tecnologia está mudando rápido, e as regras do jogo não são mais ditadas apenas pelas grandes empresas.

Agora, os governos e os consumidores também têm voz. A Apple vai precisar se adaptar — e os usuários, no fim das contas, só têm a ganhar.