Apple M5 tem até 9% de diferença de desempenho entre o novo iPad Pro e o MacBook Pro

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O novo iPad Pro com chip M5 e o MacBook Pro com o mesmo processador pareciam ter exatamente o mesmo desempenho — pelo menos até os primeiros testes de benchmark aparecerem.

Apesar de os dois dispositivos usarem o mesmo chip, com o mesmo número de núcleos de CPU e GPU, os resultados mostram que a Apple está ajustando as frequências de funcionamento desses núcleos de forma diferente em cada aparelho.

Isso indica que a empresa está levando a técnica de chip-binning a um novo patamar. Para quem não sabe, chip-binning é o processo de classificar chips durante a fabricação, separando os que atingem melhor desempenho dos que não chegam ao mesmo nível.

Assim, um mesmo chip pode ser usado em diferentes produtos, com desempenho ajustado por software ou pela configuração de frequência.

Nos testes do Geekbench 6 publicados pelo perfil @TECHINFOSOCIALS no X (antigo Twitter), a diferença entre o iPad Pro e o MacBook Pro com M5 ficou nítida. O MacBook, por ter ventoinha e melhor dissipação de calor, consegue manter clocks mais altos por mais tempo.

Mas o que chamou atenção foi que, mesmo com a mesma arquitetura e número de núcleos, as frequências máximas variam — o M5 pode chegar a 4,61 GHz nos picos de desempenho. Os resultados mostraram o seguinte:

M5 iPad Pro (Geekbench 6)

  • Single-core: 4.138
  • Multi-core: 16.366

M5 MacBook Pro (Geekbench 6)

  • Single-core: 4.263
  • Multi-core: 17.862

Comparando, o MacBook Pro é cerca de 3% mais rápido em tarefas de um único núcleo e 9% mais rápido em desempenho geral (multi-core) em relação ao iPad Pro.

Essa diferença pode parecer pequena, mas mostra que a Apple está aplicando um controle mais refinado sobre seus chips — algo que pode influenciar diretamente na performance e na eficiência térmica de cada dispositivo.

Agora, a Apple exibe informações como a quantidade de RAM e o número de núcleos de CPU e GPU em todos os modelos de iPad Pro com M5, o que traz mais transparência para o consumidor.

Porém, a empresa ainda não revela as frequências de clock, o que reforça a ideia de que há uma estratégia interna para criar distinções sutis entre produtos com o mesmo chip.

O chip-binning é uma prática antiga na indústria e a Apple a utiliza há anos para reduzir custos de produção e maximizar o aproveitamento de cada chip fabricado.

A novidade aqui é que, pela primeira vez, a empresa parece estar aplicando variações de clock em seus chips principais, algo que antes era feito apenas pela diferença no número de núcleos gráficos (GPU).

Há, no entanto, um ponto curioso. Ao pesquisar no banco de dados do Geekbench 6, aparecem vários resultados para o modelo "iPad17,4" (referente ao iPad Pro com M5), mas nenhuma entrada para "Mac17,2" (o MacBook Pro com M5).

Isso indica que os dados ainda são limitados e podem mudar conforme mais testes forem divulgados. Por isso, é bom tratar esses números como preliminares até que haja mais confirmações oficiais.

No fim das contas, o M5 mostra que a Apple está indo além na forma como diferencia seus dispositivos. Mesmo com o mesmo chip, o desempenho muda conforme o design e o sistema de refrigeração — o que reforça como cada detalhe técnico pode afetar o resultado final.