Warner Bros. Discovery confirma que está à venda e avalia propostas do mercado

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A Warner Bros. Discovery (WBD) está oficialmente à venda. A empresa confirmou que está avaliando propostas e conversas de "diversas partes interessadas". Isso acontece enquanto Warner Bros segue no processo de separação da Discovery Global.

Mesmo assim, esse rompimento não impede que o grupo considere possíveis compradores que queiram assumir o controle ou adquirir apenas parte dos negócios.

Segundo a companhia, a decisão de tornar público esse interesse surgiu depois de receber contatos espontâneos do mercado. O conselho da WBD disse estar aberto a tudo.

Isso inclui seguir com o plano atual de separação até meados de 2026, aceitar a venda total da empresa ou negociar a venda apenas de partes específicas, como o estúdio Warner Bros ou os negócios da Discovery Global.

Na prática, se aparecer quem queira comprar tudo, essa é uma possibilidade. Se alguma empresa quiser apenas uma parte, como por exemplo a divisão de jogos Warner Bros. Games, isso também pode acontecer.

Há ainda o caminho de rejeitar todas as propostas e continuar com o plano de divisão já em andamento. A WBD também avalia outro modelo de separação, que pode dar origem a uma fusão da Warner Bros com o desmembramento da Discovery Global para os acionistas.

David Zaslav, presidente e CEO da companhia, afirmou em comunicado que a WBD vem tomando medidas para se ajustar ao mercado de mídia, que está mudando rápido.

Ele diz que a empresa está recuperando a força dos estúdios, expandindo globalmente o HBO Max e apostando em iniciativas estratégicas para competir melhor.

Para Zaslav, a escolha de dividir a empresa em duas líderes de mídia — Warner Bros e Discovery Global — foi feita por acreditar que esse era o melhor caminho.

Agora, com a valorização do portfólio sendo reconhecida, o conselho decidiu analisar alternativas para "destravar o valor total dos ativos". Essa não é a primeira vez que a venda do grupo surge como possibilidade.

Há anos circulam rumores de que empresas como a Sony já mostraram interesse em comprar toda a WBD ou partes dela, mas nada se concretizou até agora. Quando o assunto é a divisão de jogos, o histórico recente pesa.

Mesmo com o sucesso mundial de Hogwarts Legacy, que vendeu muito e rendeu destaque à empresa, a direção parece ter se fixado demais na ideia de jogos como serviço — um modelo que nem sempre funciona, mesmo entre grandes publishers.

Houve declarações de que ter o jogo mais vendido do ano "não é suficiente". Enquanto isso, os custos para produzir jogos de grande porte só aumentam.

E tudo fica ainda mais difícil quando a empresa paga salários gigantescos para executivos que não entregam grandes resultados, ao mesmo tempo em que promove demissões em massa e fecha estúdios tradicionais que fizeram parte da história da companhia.

Mas apesar disso, a WBD disse que tudo isso é pensado com foco nos acionistas e que avaliar propostas de compra seria o melhor para eles.

Olhando o cenário atual, também seria do interesse dos acionistas que a gestão deixasse de causar tanta turbulência no negócio a ponto de precisar reestruturar tudo ou buscar um "salvador" que compre a empresa enquanto suas marcas ainda têm força no mercado.

A situação está em aberto, com muitos olhos voltados para o que pode ser uma das maiores negociações do setor de entretenimento dos últimos anos.

A mídia segue mudando, e a WBD tenta decidir que caminho tomar antes que outras transformações do mercado se imponham.

Romário Leite
Fundador do TecFoco. Atua na área de tecnologia há mais de 10 anos, com rotina constante de criação de conteúdo, análise técnica e desenvolvimento de código. Tem ampla experiência com linguagens de programação, sistemas e jogos. Estudou nas universidades UNIPÊ e FIS, tendo passagem também pela UFPB e UEPB. Hoje, usa todo seu conhecimento e experiência para produzir conteúdo focado em tecnologia.